sábado, agosto 25, 2007

Bom para poder crescer

Alimentei minha necessidade de me afastar do mundo, alimentei crenças sobre minha auto- incapacidade, alimentei meus medos, minha necessidade de proteção, por achar que no mundo só há perigos contra mim. Estou gorda de crenças negativas. Cheia delas. A verdade é essa mesma; o que eu como só me faz mal porque eu acredito. Comer sem culpas, comer por prazer.
Estou perfeita para este momento. Meu corpo reflete meu interior, por isso preciso amá-lo e respeitá-lo, não restringi-lo. Meu universo se expande de diversas maneiras.
Malho pensando no que vou jantar mais tarde e me sinto à vontade para tomar um sorvete. Sorvetes são ótimos para curar várias coisas. Enganei meu cérebro com o açúcar, taça dupla de flocos. E como quase nunca como flocos, o desejo foi enorme. Mas controlei o desejo do sorvete com o chocolate.
Pensar que se está gorda é suicídio. Carne pesa. Músculo também. Cérebro pesa bastante, também a culpa... Usar adoçante é se lembrar, subliminarmente, do quanto se está gorda. Vou voltar a usar açúcar. Fico pensando numa amiga que tem uma dieta louca de gordura-cigarros-café e que é magérrima, gostosa. No dia que ela se tocar do próprio corpo e parar com essa alimentação insana, vai ficar horrível. Tem que continuar esquecendo do que come. E tasca toucinho, carne com batata frita, tudo o que ela gosta! A filosofia dela funciona. Comer sem pensar.
Pensamento libertador, não se pensar no que se come, não ver defeitos em todos os lugares, de tudo o que se quiser, de tudo um pouco. Sem repressões. O cérebro está acostumado a outros movimentos, mais negativistas. Estou tentando desprogramar as programações inúteis.

segunda-feira, agosto 20, 2007

To Love is an Act of Courage

You learn to love, bit by bit
To surrender to the other person's schemes and beliefs
you take years to build trust
so when the time comes that
you get to say that you really know someone
to know the exact thoughts by onl7 looking
into that person's eyes
-and so when that time comes you
can realy say that you loved someone-

then comes death, always
inappropriate, always too early or too
late
and takes it away from you

(DON'T YOU EVER LEAVE ME! CAN YOU HEAR ME?? DON'T YOU EVER DARE TO LEAVE ME!)

it is an act of courage
love is an act of courage

and so
if you have
the courage to ever love someone
you must know it was very brave of
you and
that
you've faced one of the greatest fears
which is
to lose someone you really love.

That's why I decided not to blame people when they decide not to be involved in people's lives in anyway. It hurts too much. Maybe we are better off. It's not an option for me, though...

domingo, agosto 12, 2007

A luta do milênio

Ultimate fighting entre Carson Gracie e Jesus Cristo. Quem vence?

Opção A

Jesus Cristo vence a luta porque Jesus consegue, orientalmente, convencê-lo que um combate físico não é o melhor caminho para nada na vida e faz Gracie desistir da luta. Saem de braços dados cantando "Como vovó já dizia".

Opção B

Gracie vence porque ensina a Jesus vários golpes que Jesus acha irados e converte Jesus ao Jiujitismo, daí que o mestre vence o discípulo na luta.

Opção C

A tentativa de Jesus de convencê-lo a não lutar só irrita mais ainda Gracie que beat the crap out of Jesus e Gracie vence.

Opção D

Com a estratégia de dar a outra face, Jesus vai acumulando raiva e a liberta em um único golpe contra Gracie, vecendo a luta.

Opção E

Algumas pessoas disseram crer que Jesus fosse mais poderoso, mas que em matéria de Ultimate Fighting não tem pra mais ninguém além de um Gracie.

Opção F

Jesus vence porque é filho de deus.

terça-feira, agosto 07, 2007

Alex Kidd Row

1988
Eu fui uma criança urbana, descia pro play e jogava Alex kidd no Master.
Meu sonho era morar numa casa e ter um cachorro.
Aí fomos morar em Rio Grande, RS, e fomos morar numa casa, tivemos uma cadelinha vira-lata durante nove meses, pra quem demos o nome de Pequena e que seguiu a gente até em casa, mas ninguém brincava com ela a não ser o meu pai e também não queríamos limpar o quintal. Mas a gente podia subir no telhado de casa e era bem legal.
Foi um ano muito massa aquele, porque eu andava no meio do mato fazendo trilhas, caminhando em cima dos troncos das árvores cortadas, colhendo folhas de eucalipto e pinhos para brincar de comidinha. A gente podia andar de bicicleta pelas ruas, porque não passava carro nenhum e podíamos ficar o dia inteiro na rua, para cima e para baixo sem nos preocuparmos com nada. Brincávamos o dia inteiro, da Rua 3 íamos para a Rua 2 jogar taco no meio da rua, enquanto não passava o ônibus que só passava de uma em uma hora. Da Rua 2 íamos para a Rua 5 encontrar outras crianças e da Rua 5 íamos para o Clube Galera.
Foi em Rio Grande que vi pela primeira vez um escorpião- e tinham muitos-, também foi a primeira vez que meu heart foi broken... Fui trocada porque eu tinha vergonha de dar beijo e não quis beijar o menino nem na bochecha, e eu era a-pai-xo-na-da por ele, o Gustavo (Gugu- o irmão dele mais novo estudava com o meu e o nome dele era Guigui. hehehe). Foi a primeira vez que fui traída pelos amigos, que armaram uma emboscada pro garoto mais nojento me dar um beijo na boca (ERCA)- daí acho que também foi a primeira vez que senti ódio de alguém que não fosse da minha família. E eu quis que a menina que roubou meu namorado, o Gugu, morresse. Não é que anos depois, ainda criança, ela morreu de câncer? Medo. Horrível destino de Taís.
Foi um ano intenso.
Mas foi maravilhoso. As músicas das festinhas eram “The time of my life”, “Hey Jude”, “London London”, “Astronauta de Prata” e aquela música árabe que virou moda de dançar. E eu tinha uma vizinha mais velha que era descendente de árabe e o nome dela era Sibila e nessa hora ela era a estrela da festinha e todo mundo dançava igual a ela.
Como somos engraçados e desgraçados nas nossas experiências de infância e adolescência.

Meios de mortes

Imagine-se com aquele par de sapatos. Aquele que você gosta muito. Aqueles sapatos de que mais gosta. Agora imagine-se vestida naquela roupa especial, aquela que você sente-se mais confortável, ao mesmo tempo que inventiva e ousada. Agora imagine-se lendo o seu livro preferido, escutando o CD que você mais gosta, sentada na melhor parte da sua casa, aquela que mais gosta quando sente um leve tremor na estrutura do seu prédio. Agora imagine que de sentir o tremor até o momento em que se dá conta de que está viva só teve tempo de sair de casa sem carregar nada e que também não teve tempo para pensar no que salvaria, pois foi tudo tão repentino e rasteiro... E que, agora, de repente, não tem mais nada, pois seu prédio caiu ou sua casa pegou fogo e você é a única coisa que resta das coisas que mais gostava.
Entre todas as coisas que definiam quem você era, só sobrou você.
E agora, como você se sente?

Fico imaginando as pessoas daquele edifício na Barra da Tijuca que caiu... O olhar das pessoas que tinham apartamentos em volta daquele prédio que caiu... Saber que o deles estava intacto enquanto toda uma vida das outras pessoas (fotos, cartas de amor, livros, roupas, móveis, documentos, aparelhos eletrônicos, etc) estava desfeita em meio a escombros. O que aconteceu com essas pessoas? Que visão passaram a ter sobre a vida? Claro que há um leque de possibilidades... Nem todas as pessoas vão querer abrir mão da única coisa que sobrou do que possuíam; as memórias sobre o acidente são o restante de toda uma vida.
Quem são essas pessoas hoje em dia e como se comportam a cada nova conquista? Vibram como se não houvesse nada igual no mundo ou temem como se fossem morrer nova e definitivamente?

Eu não consigo imaginar e temo por elas. Temo os meus temores e temo os temores que inventei agora, imaginando que posso imaginar o que muitas dessas pessoas sentiram. Ainda não foram indenizadas e não há indenização no mundo que pague o que elas passaram. Eu afundaria no buraco mais ainda, porque acho que eu iria caçar o engenheiro responsável e acabaria com a vida dele também. Se eu conseguisse convencer todos os moradores sem teto a cometerem o crime comigo, não estaria sendo em legítima defesa de todo um grupo?
Dizem que vingança não cura feridas, mas tenho certeza de que eu adoraria sentir o sangue dessa pessoa descendo pela minha garganta. Ou não, de tão nojento que deve ser pela consciência pesada que esse cara tem. Temo pelas pessoas. Não pelas pessoas que não têm e nunca tiveram, mas pelas pessoas que tiveram muito e perderam tudo, de uma forma tão bruta e estúpida.
Perder tudo tem mais de um significado para cada pessoa. A cada escolha, a cada passo que damos optamos por uma escolha e não por outra. Perdemos enquanto ganhamos. E quem não consegue escolher? Caminha para frente? Quem não consegue escolher não escolhe com medo de se perder no caminho ou com medo de morrer com a escolha perdida? Quem não escolhe teme não caminhar?
E essas pessoas, que caminharam, caminharam e caminharam mas, mesmo assim, perderam tudo?
O QUE REALMENTE IMPORTA NAS CONQUISTAS E
QUE CONQUISTAS REALMENTE IMPORTAM?