Lições do amor: aprender é garantido.
Com o amor, ou com a falta dele.
Enquanto eu fico sentada aqui na minha cadeirinha filosofal, tomando esse sorvete, em algum lugar do mundo um tufão pode estar destruindo tudo. Esse nosso deus polêmico, amoral...
Que permite que eu me delicie, e enquanto gozo, enquanto sorrio, outras tantas pessoas sofrem e choram. E isso é equilíbrio(?).
Mas sinto-me desconectada das palavras escritas. Só tenho conseguido me comunicar cantando, tocando música.
*não consigo deixar de pensar que estamos, o tempo todo, passando uns por cima dos outros.
Existem mais lições do amor, garanto, mas todas elas são doídas e, para cada pessoa, uma experiência. No entanto, o sentimento de falta é de todos.
Estou sentindo uma inclinação para escrever sobre o mal, qualquer dia desses...
Um comentário:
Arranca, mata, espezinha, destrói.
Devora, digere, corrompe, corrói.
Não é viver matar e morrer
como é andar, parar e correr?
Não engulo tanta doçura,
mansa candura, pura hipocrisia.
O perigo, o esforço, a vida é limite
que só a fatal cura alivia.
Todo vivente se alimenta do morticínio,
a vida se retro-alimenta matando.
Plâncton, planta, bicho, gente,
elos unidos numa mesma corrente.
Morrer, matar, matar, morrer: viver.
Estar vivo é isso: atrito,
atrito mortal, natural, real.
Acho que cada pessoa deveria
matar um porco e comer um dia
por exercício de filosofia.
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