sábado, abril 26, 2008

O mundo real, cimento que vai secando nos meus pés aos poucos.

às vezes, eu fico desesperada. quando eu me percebo trancada dentro de um plano de ação que eu mesma bolei para mim, no período de dois anos que ainda falta para eu terminar a faculdade. eu que decidi os propósitos a serem alcançados com esses degraus, como se eu mesma tivesse dado voltas nas correntes que estão me prendendo. e o presente se apresenta de uma forma tão pesada e sem sal que nem vejo mais o futuro brilhante que eu via antes. seguir esses passos por dois anos não me garante que eu seja compensada por esse "sacrifício", muito pelo contrário, quanto mais subo um degrau, menos acredito em qualquer coisa.

as coisas que eu acreditava no passado, que da minha família seria eu que vingaria a veia artística e que se eu não obtivesse sucesso na carreira seria no amor ou vice-versa são duas crenças que me parecem absolutamente infantis e questionáveis agora, e nas quais eu não acredito mais. primeiro porque minha visão sobre o amor mudou drasticamente, segundo porque eu não sei se acredito mais em possibilidade de sucesso no futuro, nesse mundo que se apresenta.

Sinto-me tão presa e incapaz de me soltar das minhas próprias correntes e eu sei exatamente o que me incomoda, mas não vejo onde está a chave que é a solução para o cadeado e não me sinto forte para me soltar. O "real" está matando os meus sonhos e aos poucos vejo uma vida nova, concreta e real se apossando de mim enquanto vai, aos poucos, aniquilando a minha vida de sonhos, de esperanças, de expectativas, de possibilidades de concretização e realização pessoal. e sinto-me tão triste porque eu me identificava tanto com esses sonhos... E porque o real pesa tanto que eu quase nem mais consigo senti-los. a vida cotidiana rouba toda a minha energia e não tenho mais para dar aos sonhos. toda a minha energia está sendo empregada para construir uma vida nesse "mundo real" que eu não gosto e que acho horroroso! E minha energia está sendo direcionada para conseguir "coisas" nesse mundo real que eu desprezo. E me pergunto se esse processo cruel pelo qual estou passando chama-se "amadurecimento" e/ou "retorno de saturno". E, como tenho dificuldades de assumir isso, tudo está me contrariando.

Os meus sonhos estão morrendo para dar lugar a um espaço vazio. Nada acontece que compense a ausência deles. Os estímulos que recebo são, quase todos, negativos. O único impulso que tenho de seguir em frente é porque continuo vivendo. O mundo se apresenta me mostrando uma vida de conflitos e que mesmo a busca pela harmonia e integração são dadas em conflito e que não há outra possibilidade para alguém que não se dê bem com o "mundo real". Eu não sei abstrair da fumaça, trânsito e conduções lotadas para me adaptar ao meio, que para mim suja como esgoto, enquanto eu me vejo sendo um unicórnio perdido. Aquele de cristal. Sabe? É meio assim. Como passear por um mundo que mancha minha crina e desejam meu chifre e no qual minha existência é questionável... (?) O mais importante não é quem eu sou, mas como me sinto diante desse mundo enorme e eu, sem conseguir quebrar a casca e finalmente voar.

sexta-feira, abril 25, 2008

In a second

Things change so quickly. In a minute, you have a family, a house, a job... You always complain about your life, cause you think you could always make it better, that life could present you with better choices, better things to choose from.
You don't own a house, but you wish you did and when you finally do, you can't stop complaining about how dirty it is and how tired you are to clean it up and how short you are to pay for someone else to clean it up for you. How unfair is it that while you have to struggle to work everyday some government jackass is stealing money that you helped to save for paying your taxes so correctly. All of the sudden, you don't have a house anymore, because you lost your mother and you lost your family because someone dies and then you are left with debts up to your neck and what should you do? Complain that life isn't provinding you with better choices? Where's all your effort to make things right, where did it go all your energy in working... Where have your ideas, fresh and new gone? And most importantly, where are you in the middle of all this? Why isn't life providing us with better choices?

quinta-feira, abril 24, 2008

quadro-a-quadro, quadro-a-quadro, ...

Estou olhando os quadros de propaganda de um site de relacionamentos que aparece toda vez fecho a minha caixa de emails. Essa mulher, achei bonita. Diferente das outras, aparentemente mais velha. Todas pousam maquiadas, etc. Ela estava sorrindo, mudava de posição, quadro a quadro. Fiquei olhando, meio pasma, meio que pensando, e me deixei levar. Imaginei-a no bar, no restaurante, ela se vestindo, comprando roupas, indo trabalhar... Porque as pessoas bonitas nos levam? Sem nem ter essa intenção, lá estava eu, com ela, na minha fantasia de imaginá-la como uma boneca, reconstruindo o seu dia-a-dia. (Não é uma cena lésbica, héteros. É uma coisa mais singela. Estamos falando de beleza.)



No entanto eu percebi que estava sendo levada... Pelas mãos, abobalhada, fantasiando em cima de imagens. Quem era aquela mulher de verdade? Ela pigarreia entre uma frase e outra? Tem a voz grave, muito aguda, anasalada? E o cheiro, é bom? Ela é inteligente? É interessante? Ela tem problemas de estômago, de tpm? Ao perceber que não sabia nada sobre ela, a enorme possibilidade de que fosse completamente desinteressante fez com que qualquer possibilidade de ser interessante causada pelo mesmo "não-conhecer" a deixasse, na mesma hora, feia. E estou me questionando, como tive vontade de colocar aqui para o mundo...


Que beleza é essa que assumimos como beleza enquanto outras coisas mais belas passam por nós sem ser vistas? Como o lado de dentro, por exemplo. Por que essas imagens ensinadas são tão cativantes?

quarta-feira, abril 23, 2008

anagramas

Ovo, escrito ao contrário, também é igual. É como você. Você é igual. Igual ao ovo. O que há dentro é diferente do que há fora. Nesse caso, Ivo viu a uva, mas não viu o anagrama. Todos nós viemos do grego, mas você, só tem um pedaço. Justamente o pedaço que diz "repetição", "ausência", "falta de". Anacrônica, analógica, anal. Quando você nasceu, era uma anabelodáctila, mas você cresceu e se envergonhou. E eu sei que o seu problema comigo é anabólico: você não pode explodir de prazer, porque se assim o fizesse, pensaria em mim, em sua natureza anabelodáctila. Em você, sou anabrótica e você faz parte da minha anábase. "O forte, o cobarde seus feitos inveja". Sabe o que é isso? Não digo. A vida, em absoluto, de quem não vive em anaerobiose é um anacoluto. (...) Prefiro os tempos fortes que os anacruzes. Mas não se preocupe. Essa anafilaxia é passageira. Pelo abuso de anáforas.

terça-feira, abril 22, 2008

Dois pilares - altar a Vênus, chifrada de carneiro.

Para derrubar uma pessoa que não é "inteira", mas sim duas, tudo o que precisamos fazer é derrubar um dos seus pilares, que é o outro. Ao contrário do que pensam, ao se derrubar, ela não se tornará inteira, mas meia.

Pessoas pela metade andando por aí, se encaixando em outras metades. Onde houver o encaixe, seja em que lugar houver o encaixe, pessoas pela metade se encaixam sem norte, derrubando sem propósito outros pilares.

Pilares unificados não têm rosto de gesso, nem de vidro, nem de mármore. Somos de material flexível (e macio). Mas apenas me curvo sob vontade.

But I only bend at my wish.

Vênus em Áries

Eu tenho sorte de ter a beleza na cabeça. Vênus em Áries. E meu corpo tem sorte de combinar com o meu tipo de beleza, são triângulos. Casa 5, casa 1. Assim, não preciso esconder nada.
Mesmo na feiúra, onde todos nós nos unimos, eu serei bela com essa Vênus. Porque Vênus vê a beleza em tudo.

I am lucky to have beauty in the head. Venus in Ares. And my body is luckly well matched with my type of beauty, triangles. 5th house, 1st house. So that I don't neet to hide anything.
Even in ugliness, where all and each one of us connect, I'll be fair with this Beauty. Because Venus sees beauty in everything.

domingo, abril 20, 2008

A coadjuvante

Ontem lembrei do "por que não": tenho luz própria. Jamais poderia viver como coadjuvante da vida de alguém. Tenho horror a papéis secundários, além de ter a minha própria vida para escrever. Mas ela não, encontra-se totalmente confortável no papel que contracena e, por isso, fazem o casal perfeito. Viver com ele exige uma alta dose de auto-sacrifício. Então ela é tudo o que ele precisa e tudo o que eu optei por não ser há doze anos e eu sou tudo o que ela nunca pôde ser e, por isso, ela me detesta. Eu vejo nela quem eu seria se eu fosse mais infeliz. Ela vê em mim quem ela seria, se fosse mais autêntica. Por mais que ela se vista com roupas que a façam parecer mais adaptada ao meio, ela não consegue esconder que é uma mulher antiga com valores antiquados vestida na pele de uma contemporânea. Se ao menos eu não conhecesse sua alma poderia pisar nela e cuspir na sua cara, como meu sangue quente pede. Minha atitude reativa é fria, para sorte dela, e minha moral de boa moça não permite estragar a festa alheia. Mas não quero esses encontros desconfortáveis, desagradáveis, nos quais fingimos nos ignorar mutuamente. Não quero beijinhos na bochecha com enjôo mútuo. Se a desafeição é declarada, não precisa haver educação! Optei também por não conviver com esse tipo de situação. Um dia, ainda consigo ter menos classe para falar: -- "Garota, se eu quisesse, te enfiava a porrada. Então não vem me dar beijinho não, quando me vir".
Nessas horas eu sinto muito ser uma jovem bem educada. Certas falas são difíceis. Depois, precisam ser expressas, mesmo que por escrito...

A festa da "Banda Beijo" para Andreas


- Hehehehe.


Super-produção: Patrícia Moschini, Bebeto Daroz & família.



Aniversariante: Andreas Moschini Daroz (ô nomezinho do capeta! É um dos nomes mais legais que eu conheço.)



Old time friends showed up...

- Nice to see you!



... everybody knows that smile!



Eu não sei o que é isso; felicidade, talvez.

O Carlos bateu a foto. Ele detesta aparecer. :)

O que a gente não faz pelas crianças...



Proud-parent guitar man and me.

Proud-parents! That's the spirit!

*FIM*THE END*

sexta-feira, abril 18, 2008

Café... Mancha.

Passo a língua. Eu sinto o café colorindo o esmalte dos meus dentes. Não há língua que chegue nem saliva que limpe. Eu sinto o café colorindo o esmalte dos meus dentes. Como posso permanecer neutra, permanecer, se as coisas entram em mim???

quarta-feira, abril 16, 2008

Salma Victoria

Antes de acordar, era uma sensação de não pertencimento. Como se estivessem querendo tragá-la para um mundo ao qual não pertencia. Não podia ver quem queria, mas podia sentir o peso cinza e congelado. Se adormecia e sonhava que dormia ao lado de sua avó, e via o fantasma dela que ao mesmo tempo não a via, sabia estar dormindo ao lado de um cadáver. Ficou imóvel no sonho. Quis ir embora, mas não conseguiu acordar. Foi como se tivesse que se resignar com aquilo, relaxar, mesmo em um momento de pânico. Achou que estivessem exigindo demais dela, e desligou, voltou a dormir. Mesmo apavorada. Continuou a sonhar. Dessa vez, com uma casa de madeira muito velha. Tudo dentro dela estava em decomposição. Entrava na casa. Encontrava a vida em decomposição. E tinha contato com pessoas mortas que estavam vivas. Zumbis, o seu maior pesadelo, uma família solitária deles. Tinham até um gato. Uma gata; a gata dela que tinha morrido. Sem conseguir respirar, corria, corria o mais rápido que podia pelos caminhos de floresta que saíam da casa. Deixou a gata para trás, não podia fazer mais nada. Mas todos os lugares pareciam pertencer ao mesmo lugar e às mesmas pessoas, e ela não pertencia a nenhum deles. Via a casa do lado de fora, tentava acordar o seu companheiro, mas o sono dele era muito pesado. Tentava falar como ele, mas ele não escutava, mesmo que estivessem dormindo tão entrelaçados. Tinha acordado. Queria lembrar do que tinha visto dentro da casa, mas o pânico era maior. Via a casa, mas não conseguia entrar. Recusava-se a refazer os próprios passos, em pânico. Conseguiu acordar o companheiro, mas não conseguiu contar. Voltou a dormir e, no sonho, ele não acreditava nela. Então ela corria, e quando tentaram agarrar os seus pés, ela voava. Passou correndo por uma amiga de infância que da qual se lembrava numa condição financeira muito boa e que agora estava em uma muito ruim. Passara a vender coisas, oferecer roupas na feirinha. Voou por cima de uma cabine quando até mesmo a amiga querida tentou fazer com que ela ficasse naquele lugar. Na cabine as pessoas trocavam de roupa, no meio da praça, a mesma na qual a amiga era vendedora, experimentando roupas. Dali conseguia fugir. Foi para o andar de cima, no qual voltou a dormir. No sonho, uma enfermeira dizia... “É aqui que guardamos os nossos restos mortais. Você pode voltar às oito para buscar. Às oito.” E ela demorou-se a pronunciar esse “às oito”. Saiu correndo como quem fosse viajar. Já estava na rodoviária- aeroporto do lugar. Acordou o companheiro, contou tudo a ele, mas ele não acreditou. No sonho, eles subiam com uma aeromoça vestida de vermelho; agora, a roupa dela era branca e azul. Teve a certeza então de que tinham se infiltrado no seu sonho e sabiam que ela pretendia escapar. Quando chegaram à superfície de desembarque, a porta deles estava trancada com cadeado. Então ela não quis esperar, fugiu pela porta ao lado, enganando os seguranças. Deixou o companheiro gritando no sonho, “Salma, volte!”. Mas ela sabia que não se tratava de seu companheiro em si. Não podia acreditar em nenhuma imagem daquele mundo. Estava só. Todos os seguranças periféricos agora tinham se voltado para ela, tentavam capturá-la. Mas viu um grupo de jovens entrando num carro vermelho a esquerda e pensou que seria ótimo fazer uma viagem com eles. Segundos antes de fecharem as portas, jogou-se no banco de trás, por cima das pessoas mesmo e gritou com as vísceras: “Cooooooorre!!!!”. Conseguiram arrancar. Depois de dar sua primeira respiração profunda em local seguro, olhou para o lado e viu que Pedro estava dentro do carro: “Você está aqui!”. Sentiu-se tão protegida. Naquele mundo, tudo era possível. E não entendeu porque justamente ele faria com que ela se sentisse tão segura, mas era um ex-namorado do seu irmão, uma figura conhecida, em quem podia confiar. Acordou de um olhar fixo nos olhos dele, aliviada. Mas não conseguiu voltar a dormir. Tinha ganho um novo nome, Salma Victoria. E duvidava do companheiro que jazia ao seu lado; dormia.

sábado, abril 12, 2008

Fases alquímicas

Vou publicar esta tabela que saiu no livro "The Path of Alchemy", de Mark Stavish, porque achei interessante...

(Ainda não li, mas fiquei curiosa.)

Aries - Calcination
Taurus - Coagulation
Gemini - Fixation
Cancer - Dissolution
Leo - Digestion
Virgo - Distillation
Libra - Sublimation
Scorpio - Separation
Sagittarius - Incineration
Capricorn - Fermentation
Aquarius - Multiplication
Pisces - Projection

Não faz sentido, quando pensamos nos processos de alquimia interna??
Nossa, para mim fez muito... Ainda quero ver esses estágios mais cautelosamente.

quinta-feira, abril 10, 2008

O outro em mim

Vai ser confuso isso... Mas vou tentar.

Eu repito, de forma inconsciente, o padrão também inconsciente que as pessoas têm. Por exemplo, conheço uma pessoa que tem o padrão de ser escurraçada desde criança. Repito esse padrão sem querer e sem ser da minha natureza (a minha natureza é dar o que a pessoa procura já que um dos meus padrões é ser um espelho inconsciente - netuno de casa 1), e o que essa pessoa procura, sem saber, é ser escurraçada (para afirmar os vícios internos de não-aceitação, de não-amor, de rejeição, entre outros). É o vício dela e é, obviamente, inconsciente. Conheço outra que demorei muitos anos para parar de criticar, porque o padrão de tal pessoa era criticar todas as pessoas a quem amava, num padrão venusiano, por isso, especialmente as mulheres. Como se essa pessoa projetasse nas mulheres a própria menosvalia com relação à aceitação de si mesmo e a lida com o próprio corpo, com as próprias imperfeições da carne (e do corpo), colocando nas mulheres com que vive(u).

É como se as pessoas se apresentassem para mim com suas capas mas elas não cobrissem muito porque eu vejo o que há por trás e nos outros é tão mais fácil do que em mim mesma*. E esse é um movimento quase imperceptível, que se dá em nível etéreo, então é muito complicado... Especialmente porque nas relações EU e TU se misturam, então são os meus padrões se relacionando com os padrões, conscientes e inconscientes, do outro. Tudo muito complicado, mas eu lido com o mundo oculto e preciso treinar essas visões. E elas não são em si uma invasão, porque elas existem para todos.

Agora vou comentar o "*".

Por causa dessa habilidade "maravilhosa", eu achei que nunca mais fosse amar ninguém. Porque antes de poder me apaixonar por qualquer pessoa eu vejo muitos (senão todos) os "defeitos", vícios de pensamento, problemas de auto-estima e ETC... Não por não conseguir aguentar os probleminhas alheios, mas por achar que ninguém ia conseguir ficar tão nu diante de mim... De corpo e alma, sem se incomodar muito. Que ninguém fosse conseguir resistir ao meu poder de destruição ou vício de desconstrução. Sabe? E por conhecer essas mesmas coisas em mim e não conseguir disfarçar ou fingir que sou outra pessoa, achei que também jamais fosse conseguir ser amada...
E por isso, minha gente, é que existe terapia! Não resolve, porque quem resolve é você. Mas ajuda um tantão no processo. Certo? E vou dizer que muita gente que achava que terapia era mágica ou caô, está se rendendo, por cansaço. Bom pra elas.

- "Posso te ligar depois?"

Achei que ele não gostasse mais de mim. Porque eu sou muito chata, porque falo demais, porque reclamo de tudo, que por isso ele rolou para o lado e dormiu. Essa palavra, "chata", tão pejorativa... O que aconteceu com "sensível"? Sou mais sensível do que aparento ser. Muito mais sensível. Então, tudo o que está fora do lugar me incomoda. Inclusive e principalmente comentários e atitudes muito tortas. Não sei, não sei... Ele nunca disse que me amava. Mas eu não disse também. A gente tem medo de assumir e um de nós sumir. Nós dois sabemos que essa possibilidade existe e, não queremos admitir mas, nós dois temos medo. E um medo grande de não fugir, de ficar preso, de ser chato, de ficarmos pesados, impossíveis de sermos amados. E um medo maior ainda de, apesar de tudo o que somos, sermos amados! Dá medo... Dá muito medo. Então eu disse que havia ligado só para ouvir a voz dele... Enrolado no trabalho, ele disse que ligaria depois, foi atencioso, mas corriqueiro. Nunca mais ligou. Até o dia seguinte. No dia seguinte, quando ligou, não pude atender. Fiquei me perguntando se deveria sofrer até o final do sofrimento, esperando ele ligar de novo ou retornar a ligação. Somos assim, não é? Paranóicas até não poder mais. Vingativas? Orgulhosas? Confusas? Tudo se soma ao pacote. Mas fiquei horas achando que ele não me queria mais. E já sabia todos os motivos do porquê. Chorei na noite anterior, no banheiro, quando disse que ia escovar os dentes. Um choro forte e preso na garganta, porque foi engolido pelo meu próprio silêncio. Pensei que esse choro me faria muito mal mais pra frente, que não se engole um sapo desse tamanho. Sapo ou choro? Choro. Tive muito medo por uma noite, muito medo. Até pegar no sono. O que aconteceu bem rápido, pois estava cansada.

terça-feira, abril 08, 2008

Those fears that you have


Those fears that you have

are all gonna come true.

Not what you wished for, not what you feel it's good for you, but those fears.


Before your dreams do come true, you need to get past the fears. In order to conquer your Graal, that is the task. It is dark, it is cold, it is ugly... But it is REAL.


And then, once you've finished, you'll be ready to be home. And then you can come back from the journey. But first, you gotta face your fears. And it might hurt, but it's essencial for the soul. Specially if you come out as a winner; if you gain yourself in the process.


Fear, embrace your fear, but don't be afraid. Darkness is also part of Light.


domingo, abril 06, 2008

Casa nova casa

Essa é a minha casa. Vocês sabem que a gente carrega a casa, né? Nós somos nossa casa. "Nosso corpo, nosso templo". Então é assim que se cuida de si mesmo. Oh sim, extrair perólas das ostras. Pois ela existe, lá dentro. A(s) pérola(s). Por fora, uma casca menos interessante. Porém, bastante útil.



minhas cores: rosa e laranja. o que as cores falam sobre nós? um estado de espírito, talvez, reflexo das coisas que nos cercam. ou reflexo do nosso espírito nas coisas que nos cercam.


Então eu comecei... Tempo para mim. Apertei, liguei um showzinho da Sherryl Crow... Abri o tarot, toquei violão. Estrela é minha maior companheira. Ela gosta de passar tempo sozinha comigo, no que eu mais gosto de fazer. Meu tarot espalhado, descobri que cuido dele bem demais; quero mais marquinhas e dobrinhas.

O show da Cherry Crow (: que eu comprei nas lojas americanas arrasou. Sábado saí com a cestinha, fui catando as frutinhas mais saborosas. Mas hoje, só fiquei dentro de casa. A minha casa natal. O show dela me levou a vários lugares diferentes. Super bom.