Eu comprei o meu violão elétrico de nylon, um modesto Yamaha APX-5 NA, suficiente para cumprir minhas promessas de voz, de vida, de música. Meus amigos foram comigo, acompanharam partes do processo, há anos me escutam cantar; gostaram do som do violão também. Comprei. Estou feliz, mas preocupada. Será que vou conseguir me igualar à imagem que as pessoas têm de mim, na expectativa que temos que ser dona desse violão me leve a praticar mais e faça de mim uma cantora melhor? Eles sonham, eu sonho, o violão agora é instrumento de sonho. Eu toco, eu canto... Eu quero gravar as músicas novas. Espero que alguém se encante com elas o suficiente para me acompanhar e fazer parte do processo criativo. Eu preciso desse "mais um". Eu tento acompanhar o sonho, mas ele é muito mais rápido do que eu. Ele vai, eu fico. Mesmo que eu falhe em conseguir ser a imagem que as pessoas imaginam de mim, cantando, pelo menos, ficam os sonhos.
Um comentário:
engraçado essa coisa de tentarmos buscar a imagem que os outros fazem de nós. impossível não fazê-lo, em menor ou maior grau. afinal, nos dias de hoje, a imagem é o ópio do povo.
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