There was only one, and it was going to be mine. That one. Just for me? This eager to get what I want does not always comes for good. But I researched the field, all the stores, and it was the closest thing to the ideal fridge I had in mind. It was not frost-free, but it was dry anyway, and since I have a problem with space, it was supposed to fit in my flat perfectly, and it was also supposed to fit the wholes in my life. A fridge, just for me; my fridge organization, my very well selected food items, my things, my things. And it was the middle of the afternoon when mother called me to say that there was only one, and that she was only calling to make sure that I would hurry up to the store later on. But I got so nervous that all my researching would go down the drain that I didn't think about anything else but getting to the store to get my fridge. It's kinda like to pick a boyfriend; it's not really what you want, but since you need one, there you go searching. You need a cooling for your mind heat, and you need chills in your life. I mean good chills, the kind that relaxes you once you're home. I was not entirely happy about it, but it was the fridge for me. Can you believe that it got to me all dirty and I even had to pay for the delivery? I mean, this whole deal of settling for the last item just because you think you need it is really not a good deal. I hope it's -at least- working. This thing came with the destiny to fulfill my life for many nights to come... Very lonely nights. We should never settle for anything less than what we deserve or we get less than what we deserve.
quinta-feira, março 12, 2009
pelo meio das pernas
Bom dia, tristeza. Você acabou de acordar e eu ainda nem fui dormir. Sabemos de nós duas; nos encontramos sempre às zero horas. Sabemos que você mora no meu ventre, e que em noites de lua cheia como esta, e nas noites de copo cheio e de vida vazia, ou se transborda ou se quebra. Copo frio, sangue quente. Hoje eu quebrei, porque vi o reflexo do sol no copo e quis alcançá-lo, amá-lo, mas hoje não era dia de sol e sim de lua, e meus cacos ficaram espalhados pela vida. Essas pontas afiadas são tão atraentes... Brilham como os olhos dele. Me cortar seria como tê-lo por perto. Os cantos, os ralos e a umidade também; é tudo muito atraente. Se eu fosse líquida, derramaria. Talvez hoje isso aconteça e amenize a pressão do coração que não se aguenta, e sangra por baixo. Ao invés de explodir em amor, implodiu pelo meio das pernas, e vai para baixo, nutre a terra, vai para o subsolo. E nada de cuidar de um amor, hoje. Nada de subir aos céus para nós, mulheres. Lilith maldita, ri de mim, com suas mil labaredas dentro do meu útero, me fazendo querer sangrar para parar de sofrer.
Amor escorrido pelo meio das pernas, para o solo, para ser reabsorivo pela terra. Mais um ciclo, mais uma morte. E mais um dia em minha vida sem amor.
Amor escorrido pelo meio das pernas, para o solo, para ser reabsorivo pela terra. Mais um ciclo, mais uma morte. E mais um dia em minha vida sem amor.
domingo, março 08, 2009
The ones that never got to be - diário de um momento de show
O espectro formado por todos aqueles que nunca chegaram a ser vai aumentando toda vez que
mais uma alminha sobe (ou desce) para os céus dos desalmados, somando mais uma alminha ao seu espectro que vai ficando cada vez mais gigante e mais assombrador pela soma dos seus antigos entes queridos que vão se empilhando, um a um e misturados, na enorme sombra fumê de relacionamentos mortos, sentimentos mortos, lembranças e passados.
Aí você sai da visão e está no meio de um show muito inspirador, no escuro e ainda bem, sente uma saudade, uma vontade do papel e da caneta que vai saindo quase como um vômito, e você sente um calor molhado entre as pernas e acha que pode ter ficado menstruada no meio do salão, em cima da cadeira -"ainda bem que está escuro/ainda bem que a saia é da cor de sangue", e depois pensa que é mesmo bem possível pois está mesmo na época, e então, começa a se rabiscar porque acha a caneta,, mas não o papel, e no meio do show, ali, no meio de todos, mas não escondida por estar em cima da cadeira, não comportada por estar escrevendo no braço enquanto as pessoas talvez achem que você está se cortando, e eu pensando em pedir um café para tomar ali mesmo, só porque com a idéia de escrever veio junto uma vontade monstro de tomar café... Eu penso que deve ser o olhar de fora disso que me justifica como "ela é meio maluquinha". Bom... Café... Veio e foi-se. Mas eu escrevi, escrevi em mim, e nos guardanapos da mesa, e guardei todos eles na bolsa.
. ..... ........................................ ............ ........................ ...
É tão triste estar no palco e cantando para tantos que te acham tão bonita, eles amam a sua voz, dizem que amam vocÊ também, e dizem que você é muito foda, e você tenta ser fofa, e diz "vc tb é", mas ouve "você é mais, muito mais", de uma voz que quase te devora ali do gargarejo, e você encanta a tantas pessoas, mas encanta porque canta com a verdade das coisas que construiu, e se lembra dos sentimentos que fizeram você escrever aquelas canções, e das pessoas que foram responsáveis pela sua inspiração, e aí pensa que você tem várias pessoas mas não tem justamente quem gostaria, porque você está fazendo turnê e o seu amado está sozinho na província de origem, "esperando" (isso é quase engraçado de dizer), e que não está ali. (...)
Então, acho que só 3 reticências é muito curto...................................................................................................................................................................................................................................................
Kd o meu amado, que não está ali também, alimentando todas as minhas dúvidas e vontades de escrever??
Sabe uma frase que me veio na cabeça nessa hora?
"Santo de casa não faz milagre." Bom, se você encanta tanto, deve ter encantado o amado em algum momento. Mas, de repente, de diva do rock vocÊ passa a ser lugar comum. E, por algum motivo, eles não gostam disso. Deve ser por issooo que erram tanto aquele ponto.
E precisam da diva que não tem pontos, nem vontades. :/
Opa, essa saiu sem querer. É a quase-lua-cheia, na pré menstruação e eu estou maldOSA, mau humorada, com cólicas. É preciso amar demais o lugar comum para me amar. É preciso conhecê-lo para saber do seu oposto.
E estou de mau humor com os homens e ainda descobri que odeio os machões do metal, que falam "linda" pra cantora do palco, e literalmente pisam e esbarram com força nas mulheres da platéia. Nunca vi gente mais idiota. JURO que os comentários que eu ouvi hoje foram os piores, do tipo de gente que não tem nada dentro e veste de preto só pra esconder o vazio.
... .
E as garras estão ficando afiadas.
E as pálpebras começam a não me obedercersr
[pós show de Annique]
mais uma alminha sobe (ou desce) para os céus dos desalmados, somando mais uma alminha ao seu espectro que vai ficando cada vez mais gigante e mais assombrador pela soma dos seus antigos entes queridos que vão se empilhando, um a um e misturados, na enorme sombra fumê de relacionamentos mortos, sentimentos mortos, lembranças e passados.
Aí você sai da visão e está no meio de um show muito inspirador, no escuro e ainda bem, sente uma saudade, uma vontade do papel e da caneta que vai saindo quase como um vômito, e você sente um calor molhado entre as pernas e acha que pode ter ficado menstruada no meio do salão, em cima da cadeira -"ainda bem que está escuro/ainda bem que a saia é da cor de sangue", e depois pensa que é mesmo bem possível pois está mesmo na época, e então, começa a se rabiscar porque acha a caneta,, mas não o papel, e no meio do show, ali, no meio de todos, mas não escondida por estar em cima da cadeira, não comportada por estar escrevendo no braço enquanto as pessoas talvez achem que você está se cortando, e eu pensando em pedir um café para tomar ali mesmo, só porque com a idéia de escrever veio junto uma vontade monstro de tomar café... Eu penso que deve ser o olhar de fora disso que me justifica como "ela é meio maluquinha". Bom... Café... Veio e foi-se. Mas eu escrevi, escrevi em mim, e nos guardanapos da mesa, e guardei todos eles na bolsa.
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É tão triste estar no palco e cantando para tantos que te acham tão bonita, eles amam a sua voz, dizem que amam vocÊ também, e dizem que você é muito foda, e você tenta ser fofa, e diz "vc tb é", mas ouve "você é mais, muito mais", de uma voz que quase te devora ali do gargarejo, e você encanta a tantas pessoas, mas encanta porque canta com a verdade das coisas que construiu, e se lembra dos sentimentos que fizeram você escrever aquelas canções, e das pessoas que foram responsáveis pela sua inspiração, e aí pensa que você tem várias pessoas mas não tem justamente quem gostaria, porque você está fazendo turnê e o seu amado está sozinho na província de origem, "esperando" (isso é quase engraçado de dizer), e que não está ali. (...)
Então, acho que só 3 reticências é muito curto...................................................................................................................................................................................................................................................
Kd o meu amado, que não está ali também, alimentando todas as minhas dúvidas e vontades de escrever??
Sabe uma frase que me veio na cabeça nessa hora?
"Santo de casa não faz milagre." Bom, se você encanta tanto, deve ter encantado o amado em algum momento. Mas, de repente, de diva do rock vocÊ passa a ser lugar comum. E, por algum motivo, eles não gostam disso. Deve ser por issooo que erram tanto aquele ponto.
E precisam da diva que não tem pontos, nem vontades. :/
Opa, essa saiu sem querer. É a quase-lua-cheia, na pré menstruação e eu estou maldOSA, mau humorada, com cólicas. É preciso amar demais o lugar comum para me amar. É preciso conhecê-lo para saber do seu oposto.
E estou de mau humor com os homens e ainda descobri que odeio os machões do metal, que falam "linda" pra cantora do palco, e literalmente pisam e esbarram com força nas mulheres da platéia. Nunca vi gente mais idiota. JURO que os comentários que eu ouvi hoje foram os piores, do tipo de gente que não tem nada dentro e veste de preto só pra esconder o vazio.
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E as garras estão ficando afiadas.
E as pálpebras começam a não me obedercersr
[pós show de Annique]
sábado, março 07, 2009
Positivo, negativo, infinito
Quando estou por cima, você está por baixo. Quando estou por baixo, você está por cima. Acho que não temos como ficar lado a lado, olhando para a mesma direção, numa posição confortável. Se você está por cima e pode olhar para mim, olha para mim e não para onde estou olhando, que é você. O problema é quando você não olha nem para mim, nem para você. E você sempre procura olhar para algo que tire você do estado concentrado da sensação, de raiva, de dor. Você não procura sentir a sensação que sente, mas procura fugir dela. Qualquer distração, qualquer maresia ou miragem que tire você da agonia que você carrega dentro de você, e não na sua mochila, tira você de você mesmo. Mas o que vai sobrar para mim, quando estivermos juntos?
E o que vai sobrar aqui, depois que você seguir adiante de todos esses olhares e não olhares?
Eu pergunto e questiono: por que olhar a beleza de tudo o que existe ao seu redor, mas não olhar a beleza de tudo aquilo que existe dentro de você?
Por que você ignora essa senhora sedutora e profunda, cheia de dedos, seios, tatos, cheiros e bocas, e pernas e unhas e todas as coisas de que você gosta, e que vive e clama e grita pela sua atenção, e arranha, e faz você sangrar, e separa o seu coração em dois ou o transforma em cofre fechado no fundo do mar... Mas cede aos desejos mais superficiais da sua telha?
Por que continuar vivendo sem amar e sem se deixar amar?
Eu não sigo adiante, até resolver. As questões para mim não morrem no suspiro.
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