E existe a percepção de vida, e existe a sensação de pertencimento quando estou no vazio, mas quando me incluo e me relaciono, parece existir uma parede de gelo que me separa de todas as situações e pessoas, e faz com que eu esteja posicionada acima de todas as coisas. Rapidamente me volto para a posição de proteção; o alto da pedra. Para o alto da pedra, para a reaproximação com as importâncias da vida. Se ao menos eu fizesse parte delas... E me vejo assim, inclusa no sistema, ao estar sozinha e tão perto da imensidão. É entre as partes pequenas e segmentadas da vida que sinto perder o controle, que me perco de mim mesma e fico tentando trazer esse sentimento de santidade para perto da vida de todo dia. Aquele fogo que antes só queimava no meu coração, agora está nas minhas mãos e é visível. E não pode derreter paredes de gelo, mas pode ser visto como uma opção ao frio. E faz com que eu me lembre das importâncias da vida. Mesmo que eu esteja sozinha, o sopro de vida sempre estará comigo. E com tudo aquilo que me cerca. Mesmo que eu não saiba lidar com isso e saber que, no fim das contas, estar sozinho é uma coisa boa.
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