quarta-feira, junho 25, 2008
Vezes perfeitas
sexta-feira, junho 20, 2008
Mais de um amor
A parede de gelo
E existe a percepção de vida, e existe a sensação de pertencimento quando estou no vazio, mas quando me incluo e me relaciono, parece existir uma parede de gelo que me separa de todas as situações e pessoas, e faz com que eu esteja posicionada acima de todas as coisas. Rapidamente me volto para a posição de proteção; o alto da pedra. Para o alto da pedra, para a reaproximação com as importâncias da vida. Se ao menos eu fizesse parte delas... E me vejo assim, inclusa no sistema, ao estar sozinha e tão perto da imensidão. É entre as partes pequenas e segmentadas da vida que sinto perder o controle, que me perco de mim mesma e fico tentando trazer esse sentimento de santidade para perto da vida de todo dia. Aquele fogo que antes só queimava no meu coração, agora está nas minhas mãos e é visível. E não pode derreter paredes de gelo, mas pode ser visto como uma opção ao frio. E faz com que eu me lembre das importâncias da vida. Mesmo que eu esteja sozinha, o sopro de vida sempre estará comigo. E com tudo aquilo que me cerca. Mesmo que eu não saiba lidar com isso e saber que, no fim das contas, estar sozinho é uma coisa boa.
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quinta-feira, junho 19, 2008
El corazón de dios
O coração de deus. Foi o que nos falaram. Velas e flores brancas, altares pessoais, horas sentados em roda. Madrugada fria de vento quente. Muito vento que balançava a copa das árvores ao redor do clarão e fazia barulho de tzunami. Muito barulho, muito vento, muito fogo. Cântico xamânico, mais de 8 horas seguidas. Velhinho pequeno, mas enormemente forte. Ele e sua Ana. Insetos em alguns momentos. Começaram a aparecer no ritual. Na hora da limpeza mais pesada, baratas voadoras. Com suas anteninhas repugnantes, passeavam por alguns altares. Felizmente, respeitaram o meu. Talvez por conta das minhas duas flores, que posicionei como dois bastões no altar, em cima do meu diário mágico. Muitas fotos embaixo. Lua crescente, quase cheia, e lua em escorpião. Seria motivo para um ritual intenso. Intenso sim, porém, não me levou para dentro. Serviram a medicina. Provei. Tinha gosto de chá verde, concentradíssimo. Não consegui tomar muito mais vezes. Repeti, mas foi tudo. Serviram mais de oito. Mas era mesmo uma medicina. Abertura para a limpeza. Por que um ritual de limpeza? Eu gostaria mais de celebrar o grande espírito. Não me considerava suja. E não devia estar muito mesmo, porque as baratas pularam o meu altar, como eu disse. Experiência muito interessante. Índios da tribo Huichol, México. A flor era para colocar no lugar do coração, para fechar as feridas. As minhas eram duas: uma angélica e uma rosa branca, tipo exportação. "El corazón de dios. Ponga em tu altar", foi o que ouvi, algo assim... Eu vi muitas coisas. Além dos insetos e das coisas cuspidas pelo marakame -ah sim, porque ele sugava a energia do altar, da sua aura, e das palmas das suas mãos durante a limpeza, às vezes sugando também dos olhos e da boca- e cuspia coisas depois. Em algumas vezes, com mais nojo do que noutras, e ia para o mato banir. Na maioria das vezes, cuspia pedras de diferentes cores e tamanhos, mas também podia cuspir insetos e pedaços de objetos. Vi se repetindo as minhas questões movidas pelo inconsciente, agora mais claras. Desconfiança, sensação de não-pertencimento a grupos e situações, crítica ferrenha, etc.
quinta-feira, junho 12, 2008
Valentino
Hoje parece o dia perfeito para eu escrever isso, Valentino. "Ó querido, ó querido, ó querido Valentino". . . Hoje parece mesmo o dia perfeito, porque vou escrever antes de encontrar você. Vamos nos cruzar por aí, naquele local que combinamos, naquela hora marcada... Meu Valentino. Anda por aí, sozinho. Mas é muito pontual. Vai chegar na hora certa. Está no trabalho, claro. Porque não quero amor numa cabana. Viver de "sol e sal" no me gusta. Mas se lembrou de fazer a barba. E levou o desodorante, para ir me encontrar direto depois do trabalho. E tomou banho antes de sair de casa, isso com certeza! Meu Valentino... Comprou o presente com 15 dias de antecedência, porque sabia que não teria tempo depois; ele se preocupou há tempo. E como sabe exatamente o que eu gosto, ou gosta do que se parece comigo (das coisas que são bonitas), foi muito fácil para ele encontrar mil presentes, dos quais escolheu um para a data. Só para que eu lembre do quanto ele me ama. E levou o perfume que eu gosto para o trabalho também. E os meus presentes. Ah, e ele planejou uma surpresa! Mas antes, vamos jantar em um restaurante bem gostoso. Ainda bem que ele detesta, como eu, aquelas declarações feitas com auto-falante e bolas coloridas... Que vêm em automóveis, sabe? E uma outra pessoa fala um textinho pronto em um microfone, sabe?
Não... Meu Valentino não faria isso comigo. Ele sabe que eu gosto de improvisos sinceros. E sabe exatamente o que eu espero, se preocupa em realizar todos os meus sonhos secretos. Só que os meus sonhos secretos são tão simples! São sonhos secretos de atenção e carinho. E ele sabe disso, e acha muito fácil me agradar. E adora.
Para você, Valentino. Com amor.
quarta-feira, junho 11, 2008
letting go of marion
i'm going to display your picture in my personal altar. the altar every person in the ritual is going to put together. i need closure in my life relating to her. you know? so we can move on. she already did, and so did i, but something still connects me to her. why would that be? i still don't know. some stupid pattern, that keeps repeating itself. it's not even personal. it is a battle i fight with myself, and everytime i fight her instead of looking at myself. shame on me... maybe you are just a dream. but anyway; there will be other people there too, to keep you company. other people that are important to me, even if i don't mean anything to you, with a candle, and a white flower. so everybody is good aftwards. don't worry, it is not black magick. you know i don't believe in that. or else, i do believe, but i like to gather positive karma, not to destroy it. i'm planning to retire soon from planet earth. when i'm old enough, when i have solved enough matters. don't worry. we'll be good. letting go of marion, a noisy butterfly.
that is all.
love,
Rosamund Stacey.
Até a boca
sábado, junho 07, 2008
Gelatina
Horses
I am amazed. with myself. to realize how far and how deep i go. everytime we have. a major fight .like the last one. And how long I take to feel well again. to dance upon the stars. in the night sky. not so blue once you're there... black and empty, and silent. horses take me where your demons cannot go. there. counting your bees on me. i can't go, you said so... i wish i did not break so easily. but i do. break so easily. and i can't believe this. I almost regret entering relationships; and i am almost giving myself up. and i just can't wait to not be the center again. because i heard brian molko saying that he's the product of a broken home, "forever black-eyed", and i sympathized... a couple of days ago... but i do think those are all lies i told myself in which a keep believing. and i am oh so tired. there is no essential truth, no truth within. I can change the pictures of my past and the images of the present, but i just don't know how to do it.