Oi vento quente, hum... Vem trazendo o passado. Sinto o cheiro do cloro da piscina do Tijuca. Os passos ensopados na sandália de plástico argentina e a prancha de isopor em baixo do braço dirigem-se para a Vovó Catarina, na Henry Ford. Empadão de queijo de domingo. Olhos vermelhos e irritados de cloro, roupa molhada, desconforto de calor e cansaço. Felicidade boba de um dia ensolarado num bairro conservador do Rio de Janeiro. Os mesmos morros, as mesmas cores ainda reinam. Os mesmos cheiros ainda aparecem, trazidos pelo vento.
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