sábado, setembro 09, 2006

Tranquei meu romantismo junto com a minha princesa lá no alto da torre do castelo.
TIVE QUE porque meu condado esteve sempre em guerra, e eu queria protegê-la. Acontece que ao pegar meu cavalo, saindo a cavalgar, fiquei a escutar os gritos agudos de uma princesa trancafiada... Como são agudos! Quase dói ouvir, essa voz, doença-aguda e esganiçada de amor. Mas a guerra passou, tratados de paz foram travados e eu resolvi retornar. Meu cavalo parou para beber água e eu olhei meu reflexo no riacho... A água passa correndo, quase nem podemos nos ver... Mas não sou a mesma coisa sem ela. Então, voltei correndo para resgatá-la. Princesa e cavaleiro, vivendo juntos, dentro de mim. Fogo do fogo e terra da água...
Quase-quase alquimia interna.

Agora falta fechar o livro e perceber a vida de verdade. Por mais que eu olhe em volta, espero sempre o cavaleiro que sou eu vir me resgatar!

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