Listening to L7, Bricks are Heavy.
Me sinto bem Bad Ass quando dirijo ouvindo esses sons distorcidos no carro. Se o carro fosse preto, eu seria então, bem mais bad ass. Mas a verdade é que o cachorro só late quando se sente ameaçado, quando está com medo. E a verdade é que quanto mais agressivo é o visual de alguém, mais ele está tentando passar uma mensagem ao social de que sabe se defender, sabe latir e sabe morder, e mais está escondendo uma sensibilidade enorme por trás do visú repelente.
Mas gostaria de derrubar essa muralha que é o "eu" exteriorizado, e exibir o "eu" de dentro. Esse eu que tem medo confrontar o mundo, medo de se impor, de se colocar, de dizer o que quer com medo de mais repressão. O eu que precisa de carinho e que chora com as caras feias que vê. O "eu" exteriorizado é cabeça fria, self spoken, libertário, permissivo, atraente, mágico, transformador, expansivo, corajoso... O eu de dentro é escondido, tímido, conservador e temeroso. Engraçado como a gente se divide em pedaços! Mas só vejo os pedaços porque quero uní-los com amor. Fazem parte de um conjunto unido pela pele. A pele que é o meu maior órgão sensível e também a primeira muralha. Através da minha pele está a entrada para o interior. Se você me tocar e fizer eu me derreter, então o eu interno aparece. Mas eu preciso confiar no seu toque, caso contrário, você não conseguirá se aproximar, porque eu rosno. Alto.
Um comentário:
Por isso às vezes deixo as minhas roupas extravagantes no armário, visto um chinelinho, uma calça básica e uma regata lisa branca.
Nos dias de mais paz.
Engraçado, não?
E quando quero mostrar que rosno, lato e mordo, uso batom, botas, weird skirts...
aaah, mulheres...
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