sábado, março 17, 2007

Bug do sistema

- ouvindo Cheeky, Matt Chamberlain.
Fazendo a varredura do meu sistema em busca do vírus mortal que eu sou, incapaz de levar compromissos até o seu fim. Eu não vou até as pessoas, eu trago elas até mim. Muitas se recusam a vir. Não querem se compromissar com pessoas que não fazem compromissos. E ao mesmo tempo, eu vivo dizendo que quero me compromissar e vivo querendo me compromissar com pessoas que não querem compromissos! Bug do sistema.
- ouvindo Monday, Matt Chamberlain.
Eu digo uma coisa, faço outra. Se não quero realmente namorar ninguém, poderia ter levado várias situações superficiais adiante. Mas eu me incomodo com superficialidade! Talvez porque eu seja superficial. A superficialidade das relações me incomda extremamente. E, no entanto, qual o tipo de relações que eu traço com o mundo? Curtas, indevidas, superficiais, rápidas, imaturas e leves. Eu respondo às mensagens de aniversário uma a uma, as que vieram por ORKUT! Sem nenhuma profundidade, eu ancoro toneladas ao laço afetivo. Para flutuar num certo diâmetro ao redor da âncora. Laço afetivo que flutua de acordo com as águas, âncora que fica presa ao fundo, completamente imóvel. Existe um diâmetro percorrido pelos laços afetivos flutuantes, por causa da âncora, eles nunca vão muito longe. Não compensa ancorar laços afetivos superficiais. Estou falando da relação que vai de mim para qualquer outro que seja: amigos íntimos, amigos de trabalho, parcerias em geral. Vírus deve ser incubado e estudado. Vírus não pode ter vida social. Vírus é afastado da comunidade por causar destruição. Porque gera muitas e muitas doenças incuráveis.
Voltando a velhas feridas, como é fácil para mim ser atingida no meu íntimo mais profundo por qualquer pessoa que veja um pouquinho além de si mesma. A pouca estrutura que eu estava construindo dentro caiu. Placa velha, ano moderno. Incompatíveis. Mas vai rodando os programas. Até quando pifar. O vírus estava de quarentena, mas alguém clicou nele e disse "acionar". Enquanto máquina, não tenho nenhum controle sobre mim. Me controla quem sabe que botão apertar. O momento pode ser aleatório. Solução: se desconheço o sistema binário, sistema fica inoperante. Não funciono, não existo. Não me mexo. Não saio. Como o sim e não quase nunca dizem nada, fico imóvel como a âncora, vendo o mundo se mexer lá em cima.
Não importa o quanto eu tenha percebido até aqui. Falhas não são permitidas. Erros e deslizes são punidos com fervor. Alguém disse militarismo de alma? Não deve ter sido à toa...

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