Ah... Não sei me afastar do que escrevo, sempre que releio, é de dentro pra fora. Mesmo que eu faça isso durante várias luas diferentes, estou sempre, de algum modo, conectada com aquelas palavras expressas.
Ah... Sei que meus ouvidos sofrem uma leve distorção, como alguém que escuta um eco, ou tenta entender o que está sendo dito em baixo d'água. Som amplificado; é a origem do meu gostar do rock and roll... É a necessidade de escutar bem alto, para já não escutar mais nada OU para não ter dúvidas do que se ouve.
Ah... Mas é im-pos-sí-vel ouvir um som disforme e não sair deslizando pelas curvas da sua frequência e ser levada a outros lugares completamente diferentes daquilo que está sendo dito. A memória que fica guardada é desses outros lugares pra onde eu vou; nunca daquilo que foi dito.
É; não tenho como saber como sou lida, de que forma ecôo essa voz muda por aí... É limitada a amplitude das suas ondas, devido à língua portuguesa. Ainda no Brasil, é limitada essa voz muda, somente às pessoas que sabem ler/ que têm acesso à internet/ de subjetividade forte/ sensitivas & que se interessam por leituras rápidas.
Sou a emissora dessas poucas palavras que não são, em verdade, ditas. Como elas chegam nos receptores e que receptores são esses, está amplificado e distorcido, não sei para onde vai, só sei que sai de mim.
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