sexta-feira, outubro 30, 2009

Música


Música. Parece o badalo de um sino, ecoando na minha consciência. Milhões de amigos músicos e milhões de pessoas ocupadas; milhões de portas fechadas na minha cara. Ainda mais no Retorno de Saturno; tudo anda mais devagar. O único motivo pelo qual continuo insistindo em fazer música é que eu mesma preciso me curar da doença da humanidade e essas "canções populares" (wolkslieben) que recebo me ajudam nisso. Eu não queria ser egoísta, não queria ser a única a me beneficiar, não queria me curar sozinha e ter que ficar observando a humanidade de cima do meu penhasco de solidão. O meu interesse é o interesse de levar ao coletivo a saúde: levar cura. As músicas curam. Mas não formatei um projeto consistente o bastante, convincente o suficiente para convencer as pessoas a embarcarem comigo; além disso, sou uma líder que não sabe lidar com grupos. O meu ego está envolvido no processo apenas para aprender a se curvar diante do seu verdadeiro senhor. As músicas me usam para vir à tona; o meu ego tem pouca importância. Ser o centro das atenções, perder a privacidade, tudo isso é inferno. Não pretendo vender os meus valores. Não prentendo esquecer o solo que me criou, não pretendo passar por cima das pessoas; preciso me provar vitoriosa. Quero firmeza de propósito, clareza mental, limpeza na alma, nas mãos, manter a pureza do meu coração, organização, força, vida, luz, sentimento, liberdade. E se eu puder mostrar um pouquinho disso àqueles que quiserem escutar, vou achar ótimo. Está mais do que na hora de eu achar a minha turma. #Comcerteza, esse episódio daqui já deu. Tédio máximo dessa vida de Rio de Janeiro.

Nenhum comentário: