quarta-feira, novembro 29, 2006

I ARE

you have to dive in really deep to find out what i'm into
Not to be. I am not to be
I am to are. I are.
you have to dig in really deep to understand it
I are many things, and I listen
But mostly I just need to surrender, mostly I need to surrender
to learn how to serve the different ARES that are in me

sur ren der

aw are.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Briga de rosa

Eu não sou uma rosa, mas fui a sua semente, que depois de plantada se desenvolveu sozinha. Só com a luz do meu sol eu cresci e sou feliz e eu tentei te mostrar, mas é impossível traduzir o que é amarelo para quem é cego e não sabe o que é a luz. Não vê nada, você tateia a vida pelas beiradas. E tudo é feio e tosco porque você não conhece o belo. Não olha para você com o seu olhar interno. Está tudo desligado, como você anda no automático. Cuidado, porque vai ser atropelada por mais um carro.
Você nunca sabe o que faz... Está sempre andando para trás... Dá um passo a frente mas nunca acerta e está tudo à mostra, bem na sua testa. Você quer cair, caia em si mesma. Você quer cair,
caia na real. Nunca pára e pensa, é sempre a vítima. Não é você que constrói a sua própria vida... Tem sempre alguém culpado; você se distancia, acha que está por cima; acha que pode se isentar de culpa se fingir de morta. Se fingir de morta, ninguém nota vida, você não precisa mostrar que deseja ser como eu. Deseja ter minha coragem e vontade. Você acha que é muito diferente das crianças para quem ensina. E no fim do dia, ninguém te quer, ninguém diz que te ama; é você com você mesma bem na sua cama, e nem você se ama... Você não raciocina, um palmo a frente do nariz é muito longe para o seu alcance. Me diz que nessa parede funciona um cérebro, mesmo que artificial, mesmo que programado. É impossível traduzir o amarelo para quem é cego! Você acha que rebater é a melhor defesa quando não há nenhum ataque, acorda e respira! Ninguém quer te ferir então não atire espinhos, assim, tão de graça, eles cortam e deixam você sozinha. Se rosas mordessem, não seriam tão famosas. Se rosas fizessem sangrar todos os corações, morreriam todas secas.
Você é a primeira a atirar a pedra, e nem sequer notou que é um grande risco, visto o material do qual é feito o seu telhado. Você é uma parede, tudo o que bate volta, mesmo que seja amor, liberdade e respeito. Acha que tudo é bomba e tudo merece a morte.
E é por isso que a vida te deixa aos poucos. Abandonada e contorcida.

domingo, novembro 26, 2006

Só quando...


Só Quando

- minhas pernas estiverem depiladas;
- meus pêlos pubianos aparados;
- minhas axilas estiverem cheirosas;
- minha pele estiver limpa e hidratada;
- minhas unhas cortadas e lixadas;
- minhas sobrancelhas feitas;
- minhas celulites menos gritantes;
- meu cabelo estiver certo;
Serei bonita.

- sozinha no banheiro, saindo do banho;
- quando a iluminação do quarto está em meia-luz;
- quando você não olha pra mim;
- quando estou sozinha e não posso me comparar com ninguém.
Eu sou bonita.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Tickeling thoughts and sweet whispers

I was coming home by bus today, listening to dead can dance and it is always a really nice trip from my college to my home. I get past all kinds of sights and people, the botanic gardens, which i really love as my favorite piece of town in Rio... It's so beautiful to look at the multidiversity nature presents us with and the smell of the trees... There is nothing like it. And when the sky is blue, and the sun is coming down, then i really see what Rio is about.
But it was a special day today, cause i thought i was getting sad and i realized im not. It may seem stupid, but those feelings are really confusing... Happy and sad. I never know which one i like best and which one suits me better... so they end up by beeing the same. And I felt very comfy in my shoes and its exactly the place I want to be, filling my own shoes. I was thinking, as an exercise, what could happen to my life that would make me feel happier than I am now. It's different, you see, of projecting happiness in something else, some other place in the future. I put myself in the happy place, as a settled place -that changes all the time, by the way, but where changes are real fun and comfortable, because all and all life is about the adventures you dive into and about the impredictable, so the only real safe place you get is in change itself- and my thoughts felt like tickles... I love walking my steps! I love making my mistakes, i love this place, i love laughing at myself. I love making love at myself. And then I guess I kissed my shoulder, which has come to be a very healthy practice me and my closest friends are using as a sign of self respect and dignity. Kiss the shoulder. You should try, it's real fun.
I guess that's it. I'm always moving. That is my connection with the higher grounds. I do not deny experiences to myself. I allow myself anywhere. And I was als0 thinking that there are two kinds of people... The ones that believe they can't and therefor they don't even try... And the ones that believe they can, and those are the ones who get stuff done. And I plan to get even more busy. Busy-busy. Busy-bee watches the world go by.

quarta-feira, novembro 22, 2006

not a spell ]8^)

From ashes to ashes, from water to water, from fire to fire
you cannot return to where you do not belong
you cannot transform into what you're not

if you wanna reach higher, you have to belong higher
you have to breath higher, you have to be higher, you must look at other surrounds

you will never know higher if you never met the underground

quero ser um degrau móvel, que vira escada
quer ser sua escalada

não me agrada a idéia de ter você pisando em mim pelas costas
mas me agrada crescer e te elevar
vamos alcançar o sol
vamos virar cinzas!

segunda-feira, novembro 20, 2006

It's my time of the month

My time of the month
the time i miss you the most
You're not here, still i wish you were.
it's my time of the month, time to sit still
time to cure my wounds and time to heal.
It's my time of the month,
the time to cry my aborted babies
the time to look at my own maybes
it's my time of the month, let's celebrate
I'm still fertile. Let's celebrate.

Eu, musa de ninguém

Meu primeiro namorado eu não digo quem é. Eu sei quem ele é; o mundo saberá também. Ao menos em parte. Hoje, nossa história é uma caixa de chocolates e nós comemos enquanto bebemos vinho e assistimos televisão. É ao mesmo tempo um vício e um porre e uma programação repetida e engraçada. Mas docinha e divertida. É simples e bobo assim. Mas antes era tão sério! Eu acho que aprendi muito com o passado. E com as coisas que tive que lidar, o que tive que aprender a perdoar. Aprender a crescer da dor, enfrentá-la nos olhos. Eu sou uma pessoa de verdade hoje em dia graças a essas experiências que eu tenho armazenadas. Ele veio como plutão na minha vida. Golpe baixo. Me arrastando para os reinos infernais. Eu solitária. Eu donzela ainda. Mas eu ainda não conhecia astrologia nem mitologia. Eu ainda acreditava em "forever and ever". Eu não sabia que era apenas um momento projetado.

Ele foi um grande passo, para dentro de mim, para cima e para baixo. Eu conheci todos os cantos escuros de mim mesma e, por consequência, todos os iluminados também, pelo o que aconteceu entre a gente. Mas hoje, somos risada no canto da boca do palhaço.

Ele é uma lembrança muito forte, de uma época muito boa. Eu queria que ele tivesse visto em mim a alma desnuda, fora dos palcos. Ainda hoje acho que ele enxerga a personagem.

É o que eu espero do meu cara. O meu cara do futuro, que ainda não me conheceu. Que enxergue a minha alma. Quando ele me vir, verá só a mim. Olhos nos olhos. Verá meu coração.

Mas meu primeiro namorado é uma graça. Eu passaria horas conversando com ele. Horas rindo. Nós gostamos das mesmas coisas. Conhecemos as mesmas coisas. Rimos das mesmas coisas. Conhecemos as mesmas pessoas. Vivemos as mesmas fantasias alucinantes. Moramos no mesmo mundo encantado. Ele ainda é meu vizinho astral. Ele é uma parte de mim que eu não sou. Ele tem um talento fácil de fazer coisas maravilhosas sem nenhum esforço. Faz eu me sentir patética. Ele é um perfeccionista nato para a arte. O que tem de divino na sua arte, tem de defeito nele. Ele é um filhote de cachorro e eu sou um filhote de gato. Nossas brincadeiras são irresistivelmente atraentes. Ele gosta das minhas unhas afiadas, eu gosto das suas bochechas babonas. Ele gosta do meu miado fino e eu gosto do seu latido tosco. Ele sofre porque acha bonito... Ele é quase mágico. Eu sou mágica. Mas, ninguém deverá saber porque é segredo. Quem tem medo de compartilhar não pode brilhar. Não pode namorar quem brilha. Tem que procurar seu brilho. Mas eu não estou falando nem dele nem de mim agora.
Eu tenho vários amigos talentosíssimos, que fazem as coisas muito mais facilmente do que eu... Eu tenho talento, mas não tenho cimento. Eles têm tijolos. Será que vão construir uma casinha com milhões de janelas e me dar uma janelinha? Ou será que eu caio no esquecimento?
Será que é só pra eu ficar mesmo olhando? Eu quero comer desse pavÊ.
Uma coisa que eu queria ser capaz de absorver dele: essa capacidade de conseguir tudo mais fácil que os outros.
Ele é quase mágico. Eu já disse.
Pra você não ficar tristinho. Tá?
:)

domingo, novembro 19, 2006

Cor de concreto

Noite passada eu fui jantar com meu pai, na casa dele. E depois eu vim para casa. E, agora de manhã, acordei do sonho mais estranho. Sempre quando eu acordo de um sonho assim, eu estou mexida por dentro. É ainda mais intenso do que quando eu assisto a um filme forte e impactante psicologicamente, e eu entro dentro da história, no sonho, eu estou vendo a história acontecer porque eu participo dela.
E a história da noite passada é a seguinte: estávamos todos reunidos em um sítio bem bonito, no interior de algum lugar, numa casa alugada para um casamento. Passada a cerimônia, passada a festa, as pessoas já hospedadas, se preparando para ir embora ou ir dormir, a casa começou a pender. Estruturas rangindo, rachando e começando a se deslocar. Mas quase ninguém percebeu, só as pessoas que estavam nos cômodos onde isso estava acontecendo.
Eu lembro que meu pai e eu estávamos sentados no píer, e ele estava me explicando sobre como a Torre de Pisa tinha caído e como havia sido terrível a notícia desta tragédia. Ela havia perdido o ângulo de equilíbrio e cedido à gravidade. Eu via a cena acontecendo, enquanto ele descrevia.
Então, o guindaste antiquíssimo que estava à nossa frente ao mar, preso à uma igreja inundada pela água (acho que ela servia mais como sinaleiro que qualquer outra coisa, mas era em forma de igreja), se soltou e afundou. E depois a igreja também começou a afundar, porque a estrutura não aguentou.
E depois, a casa onde estávamos. Entramos para ajudar a evacuar o local. E o desespero das pessoas precisa ser contornado para que se consiga tirar todo mundo... E as pessoas se preocupam, em primeiro lugar, com outras pessoas, parentes, amigos, mas também se prendem a coisas materiais... Conseguimos esvaziar a casa. Vestida com minha capa de herói, o medo não tem vez. A prioridade é escapar bem. Por isso, eu consigo passar por essas situações, raciocinando sobre o agora e o próximo passo. E consigo me sair bem das situações de perigo. Mas depois... Eu não sei como, porque desmonto como as tais estruturas. Ficamos observando, do lado de fora, para que lado a casa tombaria, e ficamos esperando tombar, todos juntos, num desespero em conjunto. Acordei antes da casa de fato cair.
Você nunca deve ter tentando escapar de uma casa onde as estruturas estão prestes a desabar. Mas se você estivesse na sua casa e isso estivesse acontecendo, o que você salvaria?
Sabendo que não se sabe em que minuto ou segundo as estruturas iriam ceder de vez, o que você arriscaria a sua vida para salvar, se é que existe algo que valha tanto...
Eu acordei com esta pergunta: "o que você salvaria?"
Só abracei a Estrela e comecei a chorar.

sábado, novembro 18, 2006

Confiança vinda da falta de confiança

Ninguém na minha família tem confiança em si mesmo. Ninguém teve projetos pelos quais lutar até conseguirem um resultado satisfatório. A crença de ninguém era tão forte assim. Todo mundo estudou, casou, teve filho e depois parou de viver os sonhos. Quem não casou e teve filhos, continua incompleto. Mas sem perspectiva de se completar, de se realizar. Quem casou e teve filhos, hoje se pergunta o que seria a vida. Ninguém acredita que a vida dê certo. Que o nosso maior esforço individual possa ser compensado, através da satisfação em si mesmo.
-"O melhor é nem tentar! Por que dispender tanta energia pra não dar em nada? Investimento de sentimento, tempo, dinheiro... pra competir com tanta genta lá fora?"
No quê eles acreditam: receitas de bolos que já foram feitas, tentadas e conseguidas com sucesso. Por alguém que não era um deles. Por alguém que teve sua própria estrada e conseguiu pelos seus próprios meios. Mas eles acreditam que um conseguindo daquela forma aquela é a forma certa de conseguir. E, a vida toda, eles acreditaram que o certo era seguir os passos de outras pessoas. Não descobrir os seus próprios. E eles riram de quem tentou. Eles riem, mas choram secretamente, pela coragem que não tiveram. E temem a quem te coragem de questionar. Questionar e mostrar.
Eu preciso de mais confiança em mim mesma. Mais segurança. É só o que falta.
Eu conheço meus passos, eu sei os meus erros. rs Mas tudo é novo e a confiança é um bebê mais novo que eu.

Semantics









São Alexandras e Alexandras.


We are different Alexandras.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Um único pedido

Digamos que você pudesse escolher um pedido para se realizar. Com o orgasmo. Que ao gozar, você pudesse imaginar um pedido e que a energia do orgasmo plasmasse seu desejo em realidade. Não naquele exato minuto, é claro. Mas no tempo certo. É preciso pensar sobre o que pedir. Pensar objetivamente, porque é preciso saber como pedir. Se você pensar, na hora do orgasmo "eu quero crescer", então você pode engordar muito, sabe? Não seria crescer para os lados, crescer no corpo físico, uma forma de crescimento? Então; é preciso saber pedir. É preciso saber o que se quer e através do que se conseguir o que se quer. Mais ou menos isso.
Não tem aquela história que um anjinho pode estar ouvindo, na hora em que temos um pensamento, e que se ele assoprar, pode fazer nosso pensamento se tornar real? Então, digamos que esse nosso anjinho precise da nossa energia sexual, a energia criativa, para ele ter com o que assoprar.
Mas para que esse desejo se realize, será que é preciso pensar sobre ele em todos os orgasmos? Ou será que também podemos dar voz às vontades menores? Será que existe um único pedido que reúna todas as vontades menores em uma só?
Qual será essa vontade máxima que engloba todas as outras?

domingo, novembro 12, 2006

Imagens na memória vêm em cores, com cheiros e texturas.

Cara, invasão de sorrisos... Que memória delícia que me invadiu! Cada detalhe, cada sensação daquela época dentro de mim. Aonde é que eu fui? Longe, anos atrás. 11 anos atrás. É uma série contínua de sorrisos que ainda não terminou, eu tive que me levantar para escrever! Já estava deitada, mas religuei o computador para fazer isso. Me invadiu, veio de uma pequena memória, todas as outras ligadas a essa, de uma época muito, mas muito boa da minha vida, mesmo apesar de todos os conflitos que eu tinha instaurados aos 15 anos de idade. Me lembrei do Gustavo. E de toda a história ao redor dele. O segundo Gustavo por quem fui apaixonada. Ele era guitarrista de uma banda de doom metal, cabeludo, claro, e tocava muuuuuito. E ele era muito sexy tocando guitarra, como o Jerry é hoje pra mim e ele mordia o lábio até sangrar (muito) e ele sempre fazia isso e eu, na minha fase vampiresca, adorava... Ficava olhando, encantada pela textura do sangue, louca para limpá-lo com a língua. Até que a gente ficou e ele mordia o lábio só pra mim. E eu adorava. E ele beijava delícia... E a gente se beijava com sangue. Era lindo. Minha fase vampiresca... E ele mordia meu pescoço até ficar roxo e eu adorava ir pro colégio toda marcada de dentes (hi hi hi), e eu ficava mexendo o pescoço devagarinho de um lado pro outro só pra doer mais e eu me lembrar dele. O Witchery estava apenas começando, mas estávamos na parte mais gostosa, quando só curtíamos as músicas e os amigos nos show e nós fazíamos shows cheios! E ele estava sempre por perto, com o pessoal da banda dele, se fazendo de mau, de inatingível. Ele também era confuso... Comment moi. E ele tinha várias fãs, e eu detestava todas elas, mas as minhas amigas da banda arranjavam apelidos ridículos para elas, e isso me fazia sentir muito bem. As bruxinhas do Witchery. Uma vez, fui com ele e os amigos para Marechal Hermes (eu acho) de ônibus ver um show da banda deles... Dying Flowers. E era o cú do Judas, mas tudo era mágico... Eu nem me lembro se o show era mesmo deles ou de alguma banda amiga e nem me lembro se teve show. rs Era mágico gostar dele. Era mágico fazer parte daquele grupo doom. Era mágico só sair à noite, com a brisa fresca no rosto e a luz da lua. Era TUDO mágico. Era dark. Era romântico e era perfeito. Ao final de uma semana insuportável de brigas com a dona Tania, ele me chamou pra ir pra casa do pai dele em Campo Grande. E eu fugi de casa pra ir com ele! Cadê Alexandra? Nenhum sinal de vida. Minha mãe ficou louca atrás de mim. Até que ela me achou. Acho que ela percebeu que não tinha nenhum controle sobre mim, e isso a deixava louca. Nossa, eu dei trabalho! Mas meus pais achavam que eu dava muito mais trabalho do que eu de fato dava... E nossa, aquela viagem foi muito legal. rs
Eu me senti livre, independente. Dormimos no mesmo quarto, mas em camas separadas. Acordávamos e lá estava o pai dele, preparando caipirrrrrinhas. Não tínhamos hora ou controle. Pudemos relaxar e mesmo assim, nada aconteceu! Tinha sol. Tinha música. Tinha o Gustavo e tinham as caipirrrrrrrinhas. Campo Grande nunca foi um lugar mais lindo! A gente ficou e talz, mas eu queria ter ficado bem mais do que eu fiquei. Era tão engraçado! Toda vez que começava a ficar maneiro, ele parava tudo e entrava numa nóia, repetindo: "não, eu não vou tirar a sua virgindade..." Eu acho que ele poderia ter tentado, ao menos. Mas acho que eu não teria deixado, porque eu não tinha certeza se ele gostava de mim. Acabou que eu perdi a virgindade pra um outro garoto que eu tinha certeza que gostava de mim, mas eu não tinha certeza se eu gostava dele. Eu comecei a namorar com ele pra esquecer o Gustavo, que era geminiano e não se decidia nunca! Ótimo negócio, eu fiz... Trocar gÊmeos, que não se decide nunca por libra, que fica sempre em cima do muro... rs rs rs E acabou que nem foi maneira a perda da minha virgindade. Mas eu gostei muito do libriano, só que nossa história não foi tão feliz. Vida sexual trouxe a perda da minha inocência. Acho que foi aí que nasceu a Perséfone. Até então, só havia Koré, feliz, alegre e curiosa. De repente então, Gustavo até foi super legal, me poupando de mais dor e sofrimento, já que ele devia imaginar o que estaria por vir caso ele se decidisse. rs
Acho que eu teria me divertido muito mais se tivesse acontecido naquele final de semana, que foi completamente fora da minha rotina, completamente heavy metal (Blind Guardian e Savatage foram os mais cotados), feliz e contente pelas caipirrrrrrrinhas e outras coisitchas. Ele pulou comigo na piscina! Que coisa doida... Nem meus namorados mais apaixonados fizeram isso comigo! Eu fiquei muito "puta". rs Até parece... Adorei ele ter pulado comigo no colo dentro da piscina... Achei super romântico. Eu sei lá porque ele fez aquilo... Efeito das caipirrrrrrinhas, talvez... Será que ele ainda mora no mesmo lugar? Uns anos atrás encontrei com ele na rua e ele gostou do meu cabelo, disse que eu estava bonita. Mas eu fico mais bonita a cada ano. E ele é um talento como eu, wasted. Deve estar tocando guitarra por aí, desperdiçando talento, fazendo outra coisa profissionalmente. Comment moi. Mas todas as sensações de sair de madrugada, quando sair de madrugada era um mistério, me invadiram. E todas as sensações de estar fazendo o que era escuro e proibido me invadiram, com as memórias sobre o Gustavo. Eu nem sabia que eu podia lembrar de coisas tão legais assim! Porque mesmo nunca tendo namorado com ele, e olha que eu tentei, foi uma experiência muito divertida. Mesmo que na época eu tenha ficado um pouco triste. Eu ainda tinha pela frente toda aquela perspectiva de que se não fosse ele, seria outro melhor. Agora não vejo mais assim. Melhor e pior não existe. Mágica também, não existe mais na prática, aqui, tão perto. Virando a esquina. A alguns quarteirões. Mágica agora está bem longe, somente nos meus sonhos. Mas hoje eu vou dormir bem. Bons sonhos. Boa época. Boas lembranças.

sábado, novembro 11, 2006

Vows from eternity


How come from sickness we have to stay healthy
and from the mass we have to raise unique
How come from ugliness we have to be beautiful
and from dirt we have to come clean
How come from hell we have to ascend to heaven
and from earth we have to attain the god within
how is it possible to achieve love from lust
gold from dust
and exchange souls for a piece of the land?
How can I take a shortcut without getting lost in the way
what is the light to guide me in all the darkness therein
how come from life with expiration date we get to swear vows for eternity
how come the middle pillar, the way of balance, brings so much pain
?

sexta-feira, novembro 10, 2006

Boy, I'm testing myself. How far can I go? How much world can my arms embrace? How many steps can my legs walk with no pushing? How far can I go? How far and for how long? Am I enough to get where I want or will I depend on others? Is this exchange possible? Can I be seen and heard? Will people give me a chance? Will they try to knock me down? Will they try to defeat me? Will I matter so much? Will I find people to help? Is the universe really opened to me?
I'll try. Let's see. This is a test. A big one. I always knew I was meant for great things. I know that, but will the world know it too? Can people feel it? Do they realize how many arms and eyes I have?
...
Do I?
I'm one promised love. I wanna get married, I wanna have kids, but only if it can be very fairy-talish. In a gothic version. Waiting. But conquering territories. Making marks. Doing the job. Right. Doing it right. Being alert. Sending my energy out. Going in the speed of sound, I guess, travelling through the notes of a distorted guitar. Singing it out. Orgasmicaly.

terça-feira, novembro 07, 2006

Mrs.Full Tones

I feel his tongue down my throat, but i never kissed him.
I know he is looking for me too, he had to find himself first. It's just a matter of time. So I can hold him tight, kiss him goodnight.
We can have heaven inside us. Not like the coldest winter chill, but as the hottest summer in Brazil.
;)

domingo, novembro 05, 2006

Here and There

I live here, but I could live anywhere else. I have this cat, she brings my love out. I'm with her and as long as I'm with her, I can go anywhere. Cause neither to her or to me it matters, where we should live. There's just one place where you need to be safe, where you should feel protected and that's a secret. No one needs to know. Your confort, your soft spot. You set your pillows right for yourself, lay down and rest the soul. And she is one warm pillow for me.
That is not made, that I can tell you, of concrete walls.
You are one more step closer to your dreams once you tear the walls down. That's what I'm doing now; tearing the walls down. Bringing it closer to me. If you have the will to do it. Put yourself into it.
Once again... Dreams. We go faster. But what I want to do is: give birth to a dream. Make it true. Make it concrete but softly.

sábado, novembro 04, 2006

sexta-feira, novembro 03, 2006

Menu do dia: Sopa de merdê



Não mesmo, você não tem que me aturar. O blog está chato e não, não precisa deixar eu mergulhar. Também, você não TEM Q gostar de mim, embora eu force, eu me adiante, eu me imponha, eu me esforce, eu me contorça, você me distorce. Não,
eu também não tenho que gostar de você e não, eu não preciso aprender a lidar com os seus problemas. Não, você não é uma lixeira para os meus problemas e nem um meio para um fim. Eu também não sou meio. Nem início, nem fim.
Não enxugue minhas lágrimas, não se sinta responsável por mim, não tente
cuidar das minhas feridas, não me embale no sono do amor. Me mantenha acordada com constantes baldes de água fria, senão eu adormeço... Adormeço e me esqueço. Eu me canso de mim mesma, eu me torno a sombra, eu sou magma pelando a pele. Como seria bom o refresco da água fria! Água fria, santa ignorância. Endurece magma, vira pedra. Não... Virar pedra não. Flexibilidade, que é diferente de mutabilidade. Magma pelando, água fria, não virar pedra, virar diamante. Diamente. Diabolicamente, diariamente.

Ai, florzinha cheirosa!!! E linda. Que bom que florboleta não toma sopa. Ela só passeia por cima do prato. Eu versus eu mesma, caldo para sopa de merdê. É isso o que eu ofereço a você.

quinta-feira, novembro 02, 2006

A cultura do "pacote"

Nossa comida vem embalada. Lacrada, vedada. Vácuo. Sem bactérias, sem prejuízos.
Nosso corpo vem embalado. Fechadinho. Meias, calças, botas, cuecas, calcinhas.
O sangue fica fechado dentro das veias. O cérebro fica fechado dentro do crânio.
A pele envolve o corpo e os músculos envolvem os ossos. Tudo está fechado.
Eu não consigo respirar fundo por muito tempo; eu esqueço. Eu não consigo ficar parada por muito tempo, eu me coço, eu me dôo. (===> eu quero um verbo que supra o sentido de "me doer", mas ele não existe, então peguei um emprestado e coloquei esse significado.)
Tudo vem dentro de alguma coisa.
Frases vêm dentro de um contexto, palavras vêm dentro de uma frase, letras vêm dentro das palavras, sons acompanham as letras...
- Felicidade para mim é querer ter o que eu não tenho.
Qualquer coisa que eu imagine e que não seja este exato momento presente é querer algo que não é, que não está, que não tenho, etc.
Este momento presente é tudo. Mas quando me concentro nele, ele é vazio. Então eu quero preenchê-lo, e penso no "com quê"? Aí quero um monte de coisas que não tenho, pensando que a felicidade só pode ser alcançada quando eu tiver tudo aquilo. E quando eu chegar lá, o que mais eu vou querer? E o que eu vou arrumar para não conseguir ser feliz?
Falta um amor, falta liberdade, falta uma casa só minha, falta um trabalho que me pague o que eu valho, falta uma vida! Falta, falta, falta, mas tá tudo por aí, espalhado. O que falta na verdade? Não falta vergonha na cara, não falta vontade, não falta esforço e também não falta pergunta.
rs
A cultura dos pacotes e embalagens dificulta o que as pessoas mais precisam. O coração não quer ficar fechado num embrulho bem bonito. O coração quer ser usado. O coração não é um presente para ser dado e permanecer fechado. O coração quer ser usado.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Meu talho, quanto valho?

Quanto eu aprendi que eu valho?
A menina nunca ganhou presentes do seu papai... Que homens ela atrai? Tudo o que ela queria, a mãe dizia haver igualzinho em outra loja, só que muito mais barato. Pisaram no valor dela com as solas do sapato. Sapato vagabundo e que machuca os pés, mas que é igualzinho ao que ela quer, só que custa 1/3 do preço. Família teórica, não se prende a valores materiais. Mas só entendem o que é ar. Ela não é do mesmo elemento, infelizmente, ou teria sido mais feliz. Família teórica cria filha retórica.
Mordaças, silêncios, reticências inexplicáveis e muitos ruídos. Poeira acumulada de gerações. Tudo isso ela limpou de dentro de si. Abriu, olhou, chorou, entendeu, costurou. Cicatrizes bonitas, de coisas vividas, sentidas, experimentadas. Nenhuma confiança havia sido depositada nos seus sentidos, nas suas vontades, só os medos foram depositados nela. Mas ela arrumou tudinho como mais ninguém poderia ter arrumado. E entendeu o que era dela e o que apenas estava ali. Algumas coisas eram pesadas demais para ela jogar fora sozinha, mas ela sabe onde está cada coisinha dessas, até que chegue alguém disposto a ajudar.
Que herança é essa? Estaria tudo programado desde sempre para dar errado? É mais fácil justificar os erros do que explicar o sucesso. Trabalho contínuo, árduo. Sucesso não é por acaso. É quase um fardo para as pessoas normais. A família acredita que nada sério pode ser conseguido pelo poder da risada. Então eles sofrem; aprenderam a sofrer e nunca tentaram fazer diferente. Mas ela é diferente, ela olha além da janela, ela vê outras possibilidades. Ela vê e tenta, mesmo com todos dizendo que colocar o pé para fora da porta é muito perigoso. Chamar a atenção é perigoso; se destacar é perigoso. Então eles tentam apagar a chama de qualquer jeito. Mas não deu, ela não era do mesmo elemento... Essa chama teve mais do que oxigênio para continuar queimando. Teimando. A risada ao final.