Ele ficou mais bonito. Tenho vontade de tocar seu rosto, sentir sua barba cerrada, sentir seu sorriso na minha boca, provar sua saliva, mas só distraio o olhar para que ninguém possa perceber minhas intenções. Ele, no entanto, percebe, mas não dá corda. Finge que entende o que estou fazendo, inventa coisas para a minha cabeça nas quais eu não havia nem pensado ainda... Mas não me dá a menor bola. Depois nos encontramos. Estávamos nos evitando a noite toda. Não chegando muito perto, quase não nos falando. Ele não quer me dar o controle. Eu só queria sentir seu corpo quente me abraçando, queria deitar no seu peito e descansar, para a eternidade. Eu não sei escrever sobre amor. Eu não sei o que é o amor e não acho que seja essa vontade de explodir a partir do peito, bem do meio, pelo simples mérito da explosão.
É um vício o que sinto.
Tenho vontade de lamber a vida das unhas dos pés até a parte alta da testa, antes parar nos mamilos para brincar... Com certeza! Fazer de tudo com os mamilos da vida, inclusive sugá-los porque do seu leite vem o mais puro deleite. Gosto de olhar nos seus olhos de ursinho carinhoso; olho para o lado e vejo a vida sorrindo para nós, e eu aceito. [I think I may be falling, it’s a dangerous territory but how I enjoy the adventure. One day I’ll find the lost temple in there ‘cause I visit this forest for one too many times. This one is magical and I get to get lost in myself. But I like it so much, I can barely evict it. I like to watch myself deliberately shake in despair while the brain tries to take care of my feelings, telling my hole body that I am going to suffer, but I just tell my brain to fuck off and then conversation between them (heart and mind) will never stop, and so I listen to my body, which later brings me regrets cause usually I feel really good and in the next second, guilty, when all I want is love and all I get is sex. At least this is a good one. I just want more and more, it never seems to be enough, that’s where my vice kicks in… And part of me laughs with the stupidity that takes control over me for so many times in a row.]
- Isso foi só um parágrafo interno. Pareceu-me extremamente necessário que eu expusesse algo que não pudesse ser pescado tão facilmente quanto esta peixana que vos fala. Era algo que eu queria contar, mas não inteiramente, não numa linguagem que pudesse ser inteiramente compreendida por todos que passassem os olhos pela tela. Mas só queria que uma pessoa compreendesse, pode não ser ele especificamente, contanto que essa pessoa exista.
Quando caio nesse ciclo, estou eu realmente amando e dando asas à minha paixão interna que sempre procura uma falha nas barras da gaiola para voar, ou dando ouvidos ao monstrinho que fala alto do ombro esquerdo e que não faz questão de se deixar entender, nas motivações, parecendo querer que eu faça as escolhas erradas?
No entanto algo está diferente. Na manhã, já não me preocupo com o amanhã. Não quero saber se lá na frente espera-me uma boa surpresa ou decepção. Não me importa, não quero olhar, não vou coordenar todas as informações que tenho no presente, a favor e contra, para encontrar uma fórmula que diga o final dessa história, como sempre faço e pareço acertar sempre na loteria da má sorte, na qual quem sorteia os números para a infelicidade da minha cartela premiada sou eu mesma.
A cada vez que começarmos e terminarmos será uma nova vez e cada nova vez pede uma nova postura diante dos fatos. A minha é controlar o controle, deixar-me fluir nas asas dos meus desejos, que são meus e ninguém tem direitos sobre eles a não ser eu mesma. Espalhei os meus desejos por aí... Vou deixando um rastro de pequenos desejos, pequenos cheiros e perfumes de caldas quentes para você seguir, mas se vai segui-los ou não, cabe apenas a você. Meus vapores estão fumegantes. Olhos me desejam. Eu desejo o mundo. O foco está em mim. Retorna o poder para as minhas mãos. Não importa que eu não tenha o controle, pois é meu o poder supremo da decisão. Usei desse poder ontem e estou usando dele agora.
Sou uma criança sob o céu estrelado, tomando minha fartura de amor das mãos doces e suaves da supremacia do universo, que me fez princesa do seu reino há muito tempo atrás.
É um vício o que sinto.
Tenho vontade de lamber a vida das unhas dos pés até a parte alta da testa, antes parar nos mamilos para brincar... Com certeza! Fazer de tudo com os mamilos da vida, inclusive sugá-los porque do seu leite vem o mais puro deleite. Gosto de olhar nos seus olhos de ursinho carinhoso; olho para o lado e vejo a vida sorrindo para nós, e eu aceito. [I think I may be falling, it’s a dangerous territory but how I enjoy the adventure. One day I’ll find the lost temple in there ‘cause I visit this forest for one too many times. This one is magical and I get to get lost in myself. But I like it so much, I can barely evict it. I like to watch myself deliberately shake in despair while the brain tries to take care of my feelings, telling my hole body that I am going to suffer, but I just tell my brain to fuck off and then conversation between them (heart and mind) will never stop, and so I listen to my body, which later brings me regrets cause usually I feel really good and in the next second, guilty, when all I want is love and all I get is sex. At least this is a good one. I just want more and more, it never seems to be enough, that’s where my vice kicks in… And part of me laughs with the stupidity that takes control over me for so many times in a row.]
- Isso foi só um parágrafo interno. Pareceu-me extremamente necessário que eu expusesse algo que não pudesse ser pescado tão facilmente quanto esta peixana que vos fala. Era algo que eu queria contar, mas não inteiramente, não numa linguagem que pudesse ser inteiramente compreendida por todos que passassem os olhos pela tela. Mas só queria que uma pessoa compreendesse, pode não ser ele especificamente, contanto que essa pessoa exista.
Quando caio nesse ciclo, estou eu realmente amando e dando asas à minha paixão interna que sempre procura uma falha nas barras da gaiola para voar, ou dando ouvidos ao monstrinho que fala alto do ombro esquerdo e que não faz questão de se deixar entender, nas motivações, parecendo querer que eu faça as escolhas erradas?
No entanto algo está diferente. Na manhã, já não me preocupo com o amanhã. Não quero saber se lá na frente espera-me uma boa surpresa ou decepção. Não me importa, não quero olhar, não vou coordenar todas as informações que tenho no presente, a favor e contra, para encontrar uma fórmula que diga o final dessa história, como sempre faço e pareço acertar sempre na loteria da má sorte, na qual quem sorteia os números para a infelicidade da minha cartela premiada sou eu mesma.
A cada vez que começarmos e terminarmos será uma nova vez e cada nova vez pede uma nova postura diante dos fatos. A minha é controlar o controle, deixar-me fluir nas asas dos meus desejos, que são meus e ninguém tem direitos sobre eles a não ser eu mesma. Espalhei os meus desejos por aí... Vou deixando um rastro de pequenos desejos, pequenos cheiros e perfumes de caldas quentes para você seguir, mas se vai segui-los ou não, cabe apenas a você. Meus vapores estão fumegantes. Olhos me desejam. Eu desejo o mundo. O foco está em mim. Retorna o poder para as minhas mãos. Não importa que eu não tenha o controle, pois é meu o poder supremo da decisão. Usei desse poder ontem e estou usando dele agora.
Sou uma criança sob o céu estrelado, tomando minha fartura de amor das mãos doces e suaves da supremacia do universo, que me fez princesa do seu reino há muito tempo atrás.
Um comentário:
Alexandra,
Entendo que queira ficar mais tempo com o caderno, mas o intuito de limitar o tempo é justamente fazer com que as pessoas façam as páginas sem parar pra pensar muito. O tempo é o fio condutor do projeto, então se puder seguir o prazo seria muito legal.
Você poderia ficar 3 dias com ele, passar pra outra pessoa e começar um caderno só seu, e fazer ele no seu tempo. Aí é só escanear as páginas e mandar para o site. =)
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