Sinto a pressão das perguntas: "Em nome de quem você fala? Que título você tem para afirmar tais coisas? Quais são as teorias e estudos que fundamentam a sua experiência"? Preciso ter, atrás de mim, vozes de pessoas que já morreram. Preciso ter, atrás de mim, vozes consagradas. Preciso decorar as passagens dos seus livros, ler sobre os seus pensamentos, ter consciência que, antes de mim, existiram Schopenhauer e Nietzsche. Preciso comparar e associar os meus próprios pensamentos com os deles antes de poder afirmar com convicção as minhas próprias crenças (como se a vida fosse uma tese de mestrado), antes de ser levada a sério. Que autoridade tenho eu para fazer as afirmações que faço nos meus textos senão a voz da minha própria experiência? Quem sou eu para falar? Qual a validade dos meus pensamentos? Como posso resumir os aprendizados que tive fundamentando as minhas próprias crenças apenas em filosofia, esquecendo da astrologia e da música? Acho impossível e uma perda de tempo valorizar esses títulos... Valorizo tanto a voz que vem diretamente do céu; eu bebi dessa fonte e essa é a minha autoridade. Porém, dê valor quem conseguir dar valor a si.
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