domingo, fevereiro 24, 2008
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
A palavra namorado
Estou -odiando- a palavra namorado.
Assim que se chama alguém de namorado, parece que existe uma série de comportamentos padrões a serem seguidos e que entram em choque com as pessoas e com o que elas realmente são. É o conteúdo da caixa que me irrita. Esse título, namorado, não pode definir a forma como eu me sinto e como me comporto com relação a alguém. Mas existe o peso da cobrança das pessoas, inclusive dentro da relação; inclusive de você para você mesmo! Estou dizendo... É loucura total.
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Amigas 8
E embora eu saiba que ela vai ficar mais feliz lá do que aqui, me acostumei a tê-la por perto, coisa que nunca aconteceu antes. É como se eu tivesse recebido ontem uma sentença de ampulheta, na qual cada grãozinho de areia representasse nosso precioso tempo, escorrendo até a partida. A partir de segunda-feira, não vão ter mais telefonemas de hora em hora para casa de Vanessa. A partir de segunda-feira, passa a ser interurbano. A distância física volta a se instalar.
Eu não sei perder! E aí, todas as pessoas fazem aqueles comentários infelizes, de quem tenta consolar o inconsolável: "pense pelo lado positivo.../pense na felicidade dela...". Mas eu não consigo pensar, só consigo sentir falta.
A sensação é essa; não adianta me falar que ela não vai morrer. Eu sinto assim: perda. E não sei perder. Eu sofro. Eu choro. Dói. Eu me apego. Mesmo sabendo que eu ganhei meu playground de volta, porque eu adorava viajar pra casa dela.
Deve ser por isso que eu guardo e acumulo, porque não sei deixar ir embora. Eu tenho memórias infinitas, inclusive em papéis e milhões de coisas que eu guardo, porque são referências de quem eu sou em decorrência dos caminhos pelos quais passei. E desde que conheci a Van, ela é uma das minhas grandes referências em vida. Aprendi tantas coisas com ela que fizeram de mim uma pessoa tão melhor! Pelo menos por aceitar melhor a mim mesma.
Mas assim são os amigos, né? Nos amam incondicionalmente e com esse amor, nos curam.
E agora, não consigo pensar em coisas legais como o meu aniversário que está chegando e na festa que eu vou dar e em todos os meus outros amigos, nem nos reencontros.
Assim é a vida; cheia de despedidas.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Questão de sorte? (Relacionamentos)
Uma combinação de fatores de "falta e excesso"? Talvez seja uma combinação de procura e oferta, "preciso disso e você me dá". Mas aí, se a "troca" é baseada nas inseguranças de cada um ou nas vontades, já são outros quinhentos.
"Express yourself, don't repress yourself" - Madonna (Human Nature)
E continua... "And I'm not sorry, it's human nature... And I'm not sorry, I'm not your bitch, don't hang your shit on me"
- Somos cabides para as projeções e desejos inconscientes daquele que é nosso parceiro?
Somos a projeção externa de um amor que deveria estar sendo internalizado? Porque assim que temos "alguém" para amar, não é a ordem "natural" deixarmos de amar a nós mesmos porque a relação exige que passemos por cima de vontades, individualidades e etc em nome de se manter?
(numa relação tradicional do ocidente, não é isso o que acontece em 99% dos casos?)
O que faz uma relação se manter, que as individualidades continuem cada uma seguindo seus próprios caminhos? Não vemos tanto pessoas que mantém suas relações através de "eu abro mão disso e você abre mão daquilo, estamos acertados?"... (?)
Do que adianta apenas uma das partes ter acesso às estrelas e suas mensagens se a outra parte não crê que nada disso possa existir? Mesmo que as relações sejam complementares, não é necessário que as duas pessoas estejam querendo?
(...) Mas querendo o que?
* * *
Se comprometer, cuidar e se entregar?
São essas as três palavrinhas a base das relações de sucesso?
O que é uma relação de sucesso... Para cada pessoa é de um jeito, eu sei... Então tá; o que é uma relação de sucesso pra você?
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Lista do ano passado (to my man)
E eu fiz uma lista minuciosa, mas não consegui encontrar. Pouco tempo depois fiz outra, que vou publicar aqui. (não sei porque me veio em inglês; isso acontece muito comigo)
- you gotta love me and I gotta love you
- we gotta feel good together
- the comfort of intimacy and security on the hugs gotta be present
- I need to feel safe, loved, desired and protected
- I want my man to have some freckles on the chest and a few on the face
- we got to work great in bed, both for sex as for sleeping together. Must be warm and delicious.
- you gotta be a good man and trust me and treat me well. you gotta honour our relationship and I must admire you for who you truly are
- you need to understand and feel my importance in your life and make me feel it
- we need to communicate well and always, even if silently
- In exchange for your faithfulness to me I'm gonna be loving and gentle at (almost) all times. Loving and generous.
- you must be faithful to me because you also believe in energies, and in a monogamic and two way hand relationship and also because you have a good Saturn in your chart working in our behalf, which gives you a strong sense of self and security, so you can pass it along to our kids also (when they come).
- you gotta have a way with me and with the kids
- we must be honest to ourselves in order to be honest with each other and we will respect eachs' individualities without drama
- our relationship must be calm and creative, but the feelings we share must be deep, intense and strong based on well built up emotions.
- you gotta believe in the stars, just like I do.
Eu alimentava os que tinham fome. Mas eles eram ambiciosos e sugavam até a última gota do meu sangue.
do meu suor se banhavam
da minha saliva bebiam
nos meus olhos se espelhavam
e dos meus cabelos teceram os próximos passos das suas vidas
hoje em dia não mais abocanham meus seios
que deles brotam jatos dourados
do leite mais puro e divino que possa existir, estrelas magníficas do meu céu particular.
muitos universos a serem desvendados,
muito a ser criado e destruído
e muito destinado a permanecer.
(e pegou fogo minha flor de plástico e respingou no papel, feito cera derretida, ficando tudo vermelho.)
tela de http://www.filipeneryartes.blogspot.com/
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Onde está a sua coragem?
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Em prol da CARNE
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
O beijo de pálpebras azuis sob o esplendor de Nuit
As mãos completavam o beijo, pousadas sobre o peito dele. E ainda assim, nada aconteceu. E esse nada foi todo o universo.
"Por um beijo tu então estarás querendo dar tudo, mas aquele que der uma partícula de pó perderá tudo nessa hora." (Livro da Lei, capítulo I - ver. 61 )
Nuit, todo o trabalho é por você; estou à espera e "dividida por causa do amor, pela chance de união". Meu veículo é o amor. Eu sou uma sacerdotisa do tempo & espaço, sua irmã e sua filha. Todas as estrelas brilham por mim e para mim. E eu sou uma estrela. Eu também sou a lua. E foi você quem disse. E eu amo, Nuit; eu amo todos os segundos e espaços, e para sempre amarei. Você disse: "Em todos os meus encontros convosco deverá a sacerdotisa dizer — e seus olhos arderão de desejo enquanto ela se mantém nua e regozijante em meu templo secreto — A mim! A mim!- Chamando para fora a chama dos corações de todos em seu cântico de amor", e eu aceitei e obedeci.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Holy Cow
(. . .)
One of the reasons why the ancient indians used to sing for the death of their animals, the animals serving as their food, was because they respected every single soul in the planet and they knew, because they lived very close to them, observing the animals, the equals we are, that they had souls. And they knew it; they turned their attention to nature to absorb the qualities of the animals for power and physical strength. How to deny it?
So today, when I eat meat it's not only because of the paladar, once I've been a vegetarian and could easily become one again, but for that same strength the ancients were seeking. And I respect and I am thankful for that meat, that what I eat can make me a better person than I already am. And I think cows are holy, have I ever mentioned that before?
domingo, fevereiro 10, 2008
Entendendo os fenômenos da natureza: a água em todas as suas formas.
(...)
As nuvens ainda se revolvendo no céu, pareciam estar indo embora... Mas um vento contra ao que estava ocorrendo intercedeu, fez com que todas as nuvens cobrissem aquele pedaço de céu que podia enxergar da sua varanda. Num minuto, tudo ficou estático. Ela esperava conseguir ver a chuva cair, antes que tocasse o chão; queria ver o exato segundo no qual as gotas começariam a se proliferar e os relâmpagos a aparecer. Mas nada. Apenas os estrondos quebrando o silêncio. Agora o gato, antes no seu colo, roia a ração. Cadê a chuva prometida? Adoraria vê-la e senti-la nesse momento. Ficou pensando que sensação gostosa era aquela das pessoas de terem um teto sobre as cabeças nesse momento aparentemente extremado de expressão da natureza e pensou por que era a única na varanda, esperando pela chuva, enquanto os outros se protegiam. Mas sabia que prazeres estavam escondidos em não ter como fugir do aguaceiro de uma tempestade e das sensações de coragem e liberdade despertadas pela enxurrada de água fria na cabeça e no corpo. Sabia também que não há proteção contra a natureza e que não há ameaças numa tempestade de verão.
Voltou o vento. Agora a chuva. “Venha chuva! Venha!” – exclamou. E não é que a chuva veio? Uma enxurrada, diga-se de passagem. Uma enxurrada.
sábado, fevereiro 09, 2008
somos todos marginais
Eu quero ver o óbvio
A fina linha entre conectados e desconectados. Perceber a cor dos verdes das plantas, a gravidade me puxando para baixo e deixando meu corpo funcionar, sentir a troca do ar que acontece no meu pulmão e nas minhas células, sentir meus batimentos cardíacos; sentir quando se alteram. Saber o óbvio. Eu quero saber o óbvio. Quero sentir e percebê-lo.
Quero ter paciência para explicar o óbvio e paciência para dizer o óbvio. O óbvio é irmão do sentido e da verdade. Podemos discutir infinitamente sobre ele, mas o meu óbvio é só meu. Talvez eu consiga encontrar mais pessoas que vejam o mesmo óbvio que eu vejo.
Talvez eu não seja uma visionária do óbvio em separado; talvez sejamos um grupo! E quando eu encontrá-los, quando eu conseguir me abrir para o óbvio e conseguir explicar o meu óbvio a quem pedir explicação, poderemos, obviamente, ser todos felizes.
Poder de invisibilidade
domingo, fevereiro 03, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
E quem disse que vegetarianos comem pão integral?
Um pequeno olho d'água, daqueles que brotam de levinho. Eu estou. A pressão fez a água subir e encontrar escoamento. Escorrendo, porque transbordou. A pressão era tamanha... Nós mulheres parecemos a água, mas escorremos por baixo.
Está acontecendo uma mudança de paradigma, na forma de me relacionar. Essa mudança é fatal para este ser que se encontra e crucial para o que está por vir. E sem bandeiras levantadas, sem quadrados pré-determinados. Sem afirmações que limitem meu crescimento. Vai ser difícil para os olhos que se encontram observando vidrados nas pedras compreender. Não vão saber distinguir o que vem trazido por essas novas águas. Mas será feliz para a alma, ser surpreendido por algo que ainda não existe. É feliz ver uma sereia ou uma estrela-cadente, ainda mais quando se está olhando apenas para o telhado.