Eu quero ver o óbvio, para não ter mais dúvidas. Deixar passar o óbvio pode ser um erro fatal; ver o óbvio pode ser uma vantagem incomensurável. É enxergar o palmo a frente do nariz. Estar um palmo a frente de qualquer outro que não enxergue.
A fina linha entre conectados e desconectados. Perceber a cor dos verdes das plantas, a gravidade me puxando para baixo e deixando meu corpo funcionar, sentir a troca do ar que acontece no meu pulmão e nas minhas células, sentir meus batimentos cardíacos; sentir quando se alteram. Saber o óbvio. Eu quero saber o óbvio. Quero sentir e percebê-lo.
Quero ter paciência para explicar o óbvio e paciência para dizer o óbvio. O óbvio é irmão do sentido e da verdade. Podemos discutir infinitamente sobre ele, mas o meu óbvio é só meu. Talvez eu consiga encontrar mais pessoas que vejam o mesmo óbvio que eu vejo.
Talvez eu não seja uma visionária do óbvio em separado; talvez sejamos um grupo! E quando eu encontrá-los, quando eu conseguir me abrir para o óbvio e conseguir explicar o meu óbvio a quem pedir explicação, poderemos, obviamente, ser todos felizes.
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