segunda-feira, outubro 23, 2006

Human market

Se existem todas as pessoas do mundo, então não pode existir apenas um começo e apenas um final. Existem todos os começos e todos os finais, por causa de todas as pessoas que existem no mundo. Pois pra cada uma delas existe um início e um final. Não o início da vida e o fim da vida com a morte, mas um início para cada atitude e um final para cada atitude e suas consequências.
O "outro" é fonte de aprendizado, mesmo quando apenas observamos. Mesmo que não entremos na pessoa, o nosso "achar que sim" nos faz visitar mundos desconhecidos apenas por imaginar uma vida diferente, por outros olhos, que não os nossos e outras realidades, que não as nossas. Vejo pelo vidro do ônibus a expressão de aflição de uma mãe jovem, empurrando o carrinho do bebê recém nascido pela rua, provavelmente indo pegar sol com a criança. A falta de brilho, a falta de vontade e a falta de carinho ao empurrar o carrinho.
Existem pessoas que compram papel higiênico e apenas compram papel higiênico, a mesma marca de sempre, e existem aquelas que tentam variar, querendo definir alguma diferença. Algumas pessoas realmente olham o papel higiênico e imaginam: "uma vez árvore, como pode agora papel higiênico??"
O que está escrito na embalagem, o que a empresa vende junto com o produto... Tradição? Contemporaneidade? Maciez para o seu bumbum?
O que vem escrito em cada rótulo e mais... Quem são as pessoas que pensam nos rótulos e definem como eles devem ser? E essas pessoas estão no mesmo lado das pessoas que compram os produtos por acreditarem nos rótulos ou estão em lados opostos?
Lá vou eu, novamente, embarcando em uma nova aventura, uma nova viagem, entre as prateleiras de um mercado, o mais variado, aquele que possui todas as marcas, todos os rótulos, inventados e reinventados, os tradicionais, os podres, os mais tudo-tudo, os mais baratos, os mais caros, etc! E, pode parecer só uma embalagem, mas eu me divirto e aprendo com esse human market. E quando eu estou testosterônica, eu tenho pra dar e vender, mas agora, mais centrada, eu procuro alguém pra trocar. Quem tiver interesse, passa lá no mercado!
- azul, como as minhas unhas hoje. pareço uma fada!

2 comentários:

Anônimo disse...

Adoro seu blog sabia?

As pessoas não estão presentes!
A mulher empurrando o carrinho deve estar pensando no vencimento da conta de luz, a pessoa que pega o papel higiênico na prateleira está aguardando aflita uma ligação de celular.....e vê, só de relance, um urso de pelúcia na embalagem e pega este mesmo. Seu bumbum é a última coisa importante no momento...
=)

Anônimo disse...

Será que esses caras que fazem o desenvolvimento de conteúdo para as tais empresas que produzem esses papéis higiênicos gostam do que fazem?
Se bem que existe diferença entre os pápéis higiênicos Xandra. Mas a gente só repara quando tá com caganeira, depois de várias idas ao trono.
Aí que a gente vai ver a delicadeza do papel. rs
Enfim... temos que perceber os vários pontos de vista.
Neste caso, o ponto de vista da nossa 'vista cega' hi hi hi.