Procure o significado de si próprio no dicionário da vida. Pessoas são como letras, são as relações que formam frases. Encontramos partes de nós refletidas nos outros. Essas partes muitas vezes concordam e noutras discordam e não gostamos do que vemos. Mas tudo está em todos. E eu estou coletando as partes de mim para fazer um eu inteiro. E, como toda definição precisa de um referencial, estou tirando do mundo o olhar sobre mim e voltando a minha atenção para o que realmente me interessa: eu. Não quero ser construída em cima de bases externas. Não procuro a aprovação, eu procuro satisfação. Então, não é como as pessoas reagem a mim, mas sim como eu me sinto. Não é como elas fazem eu me sentir, mas é no que eu acredito. Não é como os outros me vêem, mas sim como eu me vejo. E aí, vou desconstruindo meu ser, retirando camadas impostas e colocando camadas escolhidas a dedo.
A desconstrução do ser é imprescindível para a expressão total do ser. Como pode alguém acreditar que se conhece sem ter desmontado as suas pecinhas antes? Você precisa entender os seus fragmentos, precisa se desmontar. E o que é interessante sobre o caminho do sol é que antes você precisa entender o caminho da lua. Mas não é bem assim que acontece também; primeiro faz um, depois faz o outro. É tudo meio simultâneo. E às vezes acontecem algumas surpresas. Por exemplo: eu sempre achei que minha forma de me relacionar com as pessoas e com o mundo dependesse dos meus sentimentos, e que minha auto-estima também dependesse inteiramente de não estar magoada ou ferida por dentro. E descobri recentemente que não é assim! Podemos ter uma excelente relação com o mundo e com as pessoas e estarmos nos sentindo fragmentados por dentro, incompletos, sensíveis, emocionalmente abalados, mas continuarmos perfeitamente cientes do nosso valor. E eu sempre achei que para sugar o prazer das situações minhas emoções deveriam estar intactas, quando isso não é real. Eu sempre achei que um trânsito terrível sobre a Lua fosse afetar a Vênus de uma forma determinista e fatal e estou descobrindo que “Lua é Lua e Vênus é Vênus”. Cada qual no seu lugar e uma não impede a outra. Daí que Eva e Lilith caminham juntas, Maria Madalena e Nossa Senhora caminham juntas. Instinto de mãe e instinto sexual caminham juntos, mas são duas coisas diferentes numa só.
Portanto, para passar para o início do conhecimento de si mesmo, é preciso subir aos níveis confusos, indefinidos, imediatistas e misturados das emoções. E enquanto sua criança interna berrar por alimento da alma, ou seja, atenção, carinho e afetos em geral, seu sol não vai conseguir brilhar, pois você estará ocupado pedindo sua nutrição ao mundo. Mas há anos o seu cordão umbilical foi cortado, e você não se deu conta. De que precisa aprender a alimentar a si mesmo, com as coisas do mundo, entendendo o seu universo interno. É mais fácil esse caminho para quem segue o caminho das estrelas. Quero dizer também que muitas pessoas passam a vida se ressentindo de terem sido separadas da grande mãe. Essas pessoas passam mais tempo sofrendo do que trabalhando. Quem quer comer do bolo, ajuda a plantar o trigo. É mais simples pôr a mão na massa que assistir ao preparo do bolo, sentir o cheirinho do bolo quente na cozinha e não poder comer dele.
Digo que está tudo em nossas mãos: a felicidade ou infelicidade do SER depende de quanto volume você dá às suas diferentes vozes e de como você as coloca para conversar. E do quanto você acolhe sua inadequação. A inadequação da alma no corpo precisa de um capítulo só para ela, e este já está bem longo. Fica para depois.
A desconstrução do ser é imprescindível para a expressão total do ser. Como pode alguém acreditar que se conhece sem ter desmontado as suas pecinhas antes? Você precisa entender os seus fragmentos, precisa se desmontar. E o que é interessante sobre o caminho do sol é que antes você precisa entender o caminho da lua. Mas não é bem assim que acontece também; primeiro faz um, depois faz o outro. É tudo meio simultâneo. E às vezes acontecem algumas surpresas. Por exemplo: eu sempre achei que minha forma de me relacionar com as pessoas e com o mundo dependesse dos meus sentimentos, e que minha auto-estima também dependesse inteiramente de não estar magoada ou ferida por dentro. E descobri recentemente que não é assim! Podemos ter uma excelente relação com o mundo e com as pessoas e estarmos nos sentindo fragmentados por dentro, incompletos, sensíveis, emocionalmente abalados, mas continuarmos perfeitamente cientes do nosso valor. E eu sempre achei que para sugar o prazer das situações minhas emoções deveriam estar intactas, quando isso não é real. Eu sempre achei que um trânsito terrível sobre a Lua fosse afetar a Vênus de uma forma determinista e fatal e estou descobrindo que “Lua é Lua e Vênus é Vênus”. Cada qual no seu lugar e uma não impede a outra. Daí que Eva e Lilith caminham juntas, Maria Madalena e Nossa Senhora caminham juntas. Instinto de mãe e instinto sexual caminham juntos, mas são duas coisas diferentes numa só.
Portanto, para passar para o início do conhecimento de si mesmo, é preciso subir aos níveis confusos, indefinidos, imediatistas e misturados das emoções. E enquanto sua criança interna berrar por alimento da alma, ou seja, atenção, carinho e afetos em geral, seu sol não vai conseguir brilhar, pois você estará ocupado pedindo sua nutrição ao mundo. Mas há anos o seu cordão umbilical foi cortado, e você não se deu conta. De que precisa aprender a alimentar a si mesmo, com as coisas do mundo, entendendo o seu universo interno. É mais fácil esse caminho para quem segue o caminho das estrelas. Quero dizer também que muitas pessoas passam a vida se ressentindo de terem sido separadas da grande mãe. Essas pessoas passam mais tempo sofrendo do que trabalhando. Quem quer comer do bolo, ajuda a plantar o trigo. É mais simples pôr a mão na massa que assistir ao preparo do bolo, sentir o cheirinho do bolo quente na cozinha e não poder comer dele.
Digo que está tudo em nossas mãos: a felicidade ou infelicidade do SER depende de quanto volume você dá às suas diferentes vozes e de como você as coloca para conversar. E do quanto você acolhe sua inadequação. A inadequação da alma no corpo precisa de um capítulo só para ela, e este já está bem longo. Fica para depois.
Um comentário:
Complicada e perfeitinha! rsrsrs Só não entendi muito bem pelo seu texto porque faz coisas que a incomodam, como estudar em uma universidade católica, por exemplo. Não sei se é o seu caso, mas às vezes a vida nos leva a caminhos que nada tem a ver com a gente, como já aconteceu comigo. Bjos
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