domingo, maio 20, 2007

O papel do futebol na evolução espiritual das pessoas

Algumas respostas vêm como ondas. Você lança o questionamento ao mundo e, depois de um tempo, obtem a resposta. Esse mecanismo de aprendizado é fantástico, funciona mesmo.
Eu nunca entendi o que leva tantas pessoas aos estádios, para assistir qualquer partida de futebol. Sempre achei que fosse um esporte idiota e disparatado. Homens correndo atrás da bola, tendo que chutar para dentro do gol, ganhando milhões de reais... (???)
Mas mais longe ainda do meu entendimento estavam as pessoas que pagam para ir ver isso, com direito a suor, lágrimas e gritos. No entanto, a resposta me veio no refluxo da pergunta por esses dias, e estou começando a entender agora. É uma coisa muito maior que eu estava lendo na superfície.
Uma amiga disse que mesmo não gostando de futebol eu tinha que admitir o poder gerado pela torcida, que é algo realmente emocionante, mesmo para quem detesta futebol. Isso foi o que trigou minha resposta. O que leva as pessoas ao estádio não é o esporte em si, mas o que ele libera no cérebro dos torcedores. É neuro-química. Torcer para o seu time, no meio da torcida, principalmente para quem gosta de futebol e é um torcedor apaixonado, libera uma descarga surreal de prazer no cérebro das pessoas, não só porque estão presenciando um jogo do time, mas porque elas se sentem pertencentes aquele mar de iguais. Sabem que são uníssonas com o grupo e que estão unidas pela mente e pelo coração, em prol de um ideal maior.
Essas pessoas juram de pés juntos que estão lá por causa do futebol, mas elas estão se enganando. Elas estão lá porque a sensação gerada é uma sensação de integração com o cosmos. Essa vibração grupal é a união através do chacra Anahata, do plexo solar, o coração e essas pessoas experimentam um sentimento que é único e que, para elas, corresponde à experiência de ir torcer para o seu time de futebol, mas que na verdade é a celebração do amor divino, de pertencimento a algo maior que elas mesmas. Assim também se dá às pessoas que experimentam concertos e qualquer situação grupal na qual exista integração através de um foco específico (música, esporte, religião, etc).
E para vários ir ao estádio é mesmo sagrado. É um cerimonial. Entender isso vai me ajudar a não criticar mais as pessoas que têm esse prazer. No entanto ainda me incomoda bastante o salário dos jogadores.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu sempre acho que a química explica um monte de coisa. Feromônios, Endorfinas, etc. Da paixão à onda são só moléculas.....

bjs
Catulé

Natacha disse...

Sim, a química explica.
Mas, o que explica a químmica?

Qual a fonte de tudo?
Você mencionou o divino.
Divino integrado?

Ser brasileiro, sabemos, dói.
E o prazer (qualquer um, de acordo com a cultura), anula a dor.

E o prazer sempre é muito mais profundo que o sofrimento.

Unknown disse...

Isso é uma forma de encarar o futebol e faz sentido. Ainda assim eu descobri que brasileiro mesmo só fui em uma particular partida... =p

Me senti uníssono com a vontade de abadonar o esporte e só assim consegui minha tal desejada despedida.

Gostei do blog Alexandra! Pode deixar que vou fuxicar os textos ^^