sexta-feira, dezembro 19, 2008
ANT ARES
quinta-feira, dezembro 18, 2008
continuous
i hoped for it all, it all came undone before i could start that fire, because my own fire overshadowed your spark. i was a flame and you were air; you are gone and i am coming down on ashes. the floor, stick to the floor... not forgeting to breath, do not forget to breath, breath in and out, listen to your heart beat, listen to your inner cry. the hanged cat i dreamt about it was not a real cat; it was me. chocking on my own tears, the rope was too tight and i was so angry at myself like i am now, but i was trying to set it free. and, eventually i can, so how can i keep going out on swimming with sharks? --like everyday is a different fishing-- all i see is tails and bones (the bate, my mouth, the hook.) oops, this one used to be mine. just ashes now. there is no now. just yesterdays. of course there is no tomorrows, and of course there is not me
domingo, dezembro 14, 2008
Eu sou o cano da arma
Não sou a bala que perfura o alvo, nem a pólvora que se espalha pela roupa. Não sou os dejetos amorfos que caem pelo chão, cheios de sangue, nem o próprio sangue em si, que escorre como cera líquida. Não sou o calor do atrito, não sou o gatilho, não sou o dedo que dispara o projétil, não sou nem a própria raiva do ser, inquietude do dedo. Não sou um fim e nem um motivo. Não sou um objetivo. Não sou feita de algodão, nem de papel, e não derreto com a chuva. Poucas coisas podem me deter. Mas nada fica no meu caminho. Eu sou o canal que liga o princípio ao fim, mas dentro de mim, é apenas oco e escuro. Antes, eu sou fria. Depois, quente. Eu sou o canal que leva a mensagem, seja na esportiva, seja na brincadeira que acaba em desastre, seja na vida ou na morte, no erro ou no acerto. Dentro de mim, é apenas escuro e vazio.
sábado, dezembro 13, 2008
DESACREDITE
domingo, dezembro 07, 2008
Arnica - tempo e espaço
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Caganers
terça-feira, dezembro 02, 2008
Conversa séria listrada
É uma coisa boa virar um ser único? Ser uma personalidade integrada? A Estrela central do nosso sistema é uma das poucas que não possui nenhuma companheira orbitando em volta. Quase todas as outras estrelas têm. Seria esse o carma da nossa existência nesse planeta, refletir uma estrela solitária? Ter que aprender a amar a nós mesmos, independente se as outras estrelas têm uma companheira? É a nossa sina ser um centro, um ponto único no Universo?
Me encontro incapacitada de sair e conquistar, pois não quero me inserir em nenhum tipo de padrão - and the Gods know this is crazy O.o! preestabelecido de sucesso. Ou qualquer outro. Estou quase fracassando para poder criar uma nova arte, feita através da linha da vida, a minha própria vida com as minhas marcas de alma, fora das obrigações de "conseguir". Analisando, carinhosamente, a forte possibilidade de "não ser tudo aquilo que sonharam para mim", nem "tudo aquilo que eu sempre sonhei ser".
A conversa listrada é aquela que não segue as linhas do caderno. Ela atravessa a página, porque está atravessada na garganta, indo contra a imposição das linhas preestabelecidas. O espaço destinado à escrita está lá, e eu querendo ter uma conversa séria comigo mesma, pensei que não podia obedecer aquilo. Até o caderno dita como devo conversar comigo mesma, se quiser escrever, preciso seguir os espacinhos que foram feitos para facilitar a minha vida, espacinhos que não foram pensados por mim, foram mastigados e entregues prontos. Padrões, que foram feitos para quê? Por que me incomodam tanto?
O que seria de mim se eu fosse uma listra como qualquer outra, impressa em qualquer uma das 323 páginas desse caderno? Imagina se meu destino fosse ser uma listra e NEM ASSIM eu conseguisse satisfazer alguém e completar o meu destino, porque bem na página em que eu estivesse impressa, uma pessoa com sono e sem vontades teria resolvido que, logo ali, na minha vez, não escreveria entre as linhas, mas sim, contra elas. Essa é bem a cara do meu destino. Ser uma das linhas dessa página fora de ordem, de alguém que resolveu escrever fora da linha. Fim para mim.
domingo, novembro 16, 2008
Agenda
Uma cereja podre com uma pobre alma e um triste fim, ao chão da rua suja de água de peixe do fim da feira.
Terça-feira
Cães passaram, cheiraram, pessoas chutaram... Vermes nasceram. Um passarinho veio e fez cocô em cima, o que alimentou ainda mais os vermes, ajudando a acabar com a cereja.
Quarta-feira
O caroço estava à mostra. A pele aparecia em uma das metades, já meio derretida, já meio irreconhecível, já não mais cereja, já não mais vermelha. Cor de apodrecida com poeira de rua.
Choveu.
Quinta-feira
Os lixeiros varream o caroço, que foi a única coisa que sobrou.
Sexta-feira
Não mais existiu.
Sábado
Não mais existiu.
Domingo
Não mais existiu.
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Somente o necessário
sábado, novembro 15, 2008
Vrischika - o escorpião
Se expor ou não se expor, eis a questão.
Agora, estou trocando de pele.
Meus dias de fracasso
terça-feira, novembro 04, 2008
Quadro negro de carne
A extensão da mentira
sexta-feira, outubro 31, 2008
Objeto sujeito
Regule o ar que eu respiro, me lance um milhão de agonias, me traga estresse, faça meu coração bater em intervalos cada vez mais curtos. Me feche num quarto escuro. Me faça repetir todas as suas verdades, me faça entrar na sua pele seca e descascada e sentir as suas impressões de mundo. Faça eu calçar os seus sapatos apertados para correr quilômetros. Arranque os meus cílios para que eu não durma. Costure minhas pálpebras para que eu não veja nada. Amarre minha boca para que eu não reclame e prenda os meus braços para que eu não arranque cada pedacinho do seu corpo. Coisifique-me, me analise. Finja que somos todos desprovidos de emoções. Coloque tudo no seu contrato, e depois enfie no seu *.
sexta-feira, outubro 24, 2008
ESCOLA
E tem que se esfolar para conseguir quase nada,
e quando consegue, são quase sempre críticas de um dedo que prefere apontar que se tocar.
Somos ainda vassalos de senhores feudais,
e devemos agradecer pelo pão amassado pelo diabo. --"Cala a boca e come!", porque poderia ser nenhum.
E a revolução já começou, dentro de mim, já começou. Existem milhões de lutas, para andar pelos dias sem deixar me prender pelas mãos sujas, pelos famintos de alma. Mas essa guerra interna está me deixando doente e sem energia. E quanto mais dias vou ao mundo, menos energia tenho para a luta, quanto mais luto, menos alguém ganha, quanto mais perco, mais um dia a menos. Entende? Talvez seja de propósito. Talvez eu esteja mesmo buscando a morte. Talvez eu tenha plena consciência do alívio que ela trás. Talvez eu queira escolher. Talvez Rodrag estivesse certo. Talvez ele tenha se libertado da roda. "Talvezes" lutam dentro de mim. As células estão vivas; elas querem comer. Elas clamam pela vida.
Percebe: o que eu sei é que o tumulto que vejo aqui fora se iguala ao tumulto aqui dentro. Porque na escola não ensinam como lidar com esses trajetos? Quem vê nuvens, acordou nublado. Quem vê sol e amaldiçoa o astro, é porque está se queimando. O que está dentro é como o que está fora, o que está em cima é como o que está embaixo. Isso eles não ensinam na escola. A escola é uma bosta. A educação se perdeu tanto quanto o meu texto. E a escola é a instituição que perpetua a burrice. Ela copia e ensina a copiar, vide Estamira. E a Igreja também é uma escola, é a escola do demônio, porque ela é a religião dos homens e o inferno somos nós. Controle burro: não obrigada.
O que sai de valor desses lugares são as ovelhas desgarradas. Viva as ovelhas desgarradas.
Sofia
segunda-feira, outubro 20, 2008
LÓGICA E INTUIÇÃO
domingo, outubro 19, 2008
A doença social dos "sem-paixão"
am I becoming so boring
-às vezes o bom humor precisa vir de uma guitarra distorcida.
quinta-feira, outubro 16, 2008
Re-presentando o passado
terça-feira, setembro 23, 2008
Caroço de uva
sábado, setembro 13, 2008
partindo da raiva
lições do amor e da falta dele
Com o amor, ou com a falta dele.
Enquanto eu fico sentada aqui na minha cadeirinha filosofal, tomando esse sorvete, em algum lugar do mundo um tufão pode estar destruindo tudo. Esse nosso deus polêmico, amoral...
Que permite que eu me delicie, e enquanto gozo, enquanto sorrio, outras tantas pessoas sofrem e choram. E isso é equilíbrio(?).
Mas sinto-me desconectada das palavras escritas. Só tenho conseguido me comunicar cantando, tocando música.
*não consigo deixar de pensar que estamos, o tempo todo, passando uns por cima dos outros.
Existem mais lições do amor, garanto, mas todas elas são doídas e, para cada pessoa, uma experiência. No entanto, o sentimento de falta é de todos.
Estou sentindo uma inclinação para escrever sobre o mal, qualquer dia desses...
segunda-feira, setembro 01, 2008
segredo
é uma besteira
uma poeira cósmica
eu gozo quando acordo........... eu morro quando acordo............................... todos os dias quando acordo, eu prefiro expirar do que inspirar.
eu prefiro sempre me esvaziar do que me encher. estou sempre esperando, mesmo que em movimento....................................... eu odeio quando o trânsito pára.
O sopro de Hécate
quarta-feira, agosto 27, 2008
Hoje eu vou matar aula
Mas amanhã, depois da minha provação iniciática (foi mais fácil entrar dentro da caverna escura lá na Floresta da Tijuca), vou sentir uma certa leveza novamente, e um gostinho de LIBERDADE. Iuhu para mim, iuhu para nós.
sábado, agosto 09, 2008
A Busca
Quando pararmos de procurar o que já sabemos não existir, quando estivermos *absolutamente-convencidos-inteiramente* de que aquilo que tanto queremos não é possível, no que a vida se transformará? Quando pararmos de procurar a completude e a plena satisfação, não por cansaço, mas por convencimento, estaremos olhando para o quê?
Quando (simplificando) homens e mulheres pararem de procurar aquele "special someone", o que estarão fazendo? O que estarão buscando? No que estarão empregando o seu tempo?
Olha, ficamos submersos em TRABALHO (e eu coloquei a caixa-alta para ser uma caixa mesmo, cúbica, na qual nos encaixamos), e damos às nossas vidas esses dois significados: produção ou busca. É mais fácil seguir com o trabalho. É cansativo e sem sentido, mas é mais fácil porque, dia após dia, acordamos e fazemos, sem pensar. Mas mesmo sabendo que a completude dada por outra pessoa não existe, insistimos em continuar procurando. A emoção não obedece ao que já sabemos. Ela anseia e talvez até se alimente da dor provocada pela frustração (everytime) da mentira que acreditamos de que alguém nos completaria. Nossas avós juram que no tempo delas dava certo. Estou muito enfática? Não é essa a busca secreta de todo ser humano? Uma fusão satisfatória com qualquer coisa?
Eu dou voltas com a língua e com os pensamentos, porque os sentimentos estão em mim, me movendo. Eu acordo todos os dias movida por essa grande insatisfação e pelo gosto na dor de ser frustrada, e, por isso, me coloco a buscar, todos os dias, por algum segundinho de satisfação, mesmo que na dor.
Que os outros pássaros cantem canções diferentes da minha, ao menos. Que nos outros céus haja arco-íris. Que outros corações estejam cheios de sangue, pulsando em uma só direção. Que nem todos os destinos sejam esse da frustração e insatisfação... Mas será que mesmo isso vai se provar uma mentira?
Indicador apontou o passado
terça-feira, julho 29, 2008
Yngwie Malmsteen
sexta-feira, julho 04, 2008
Os pensamentos e o corpo pesam
Minha faxineira estava aqui dizendo que a bíblia prevê o resfriamento do amor, que é um dos sinais do fim dos tempos. Realmente, parece que o amor tem escapado mais vezes do nosso mundo para outros... Mas ele ainda está presente. Mesmo que, cada vez mais, existam casos de mães que matam seus bebês, e outros casos, igualmente horripilantes. O amor ainda está por aqui. Escasso? Não sei. Como escrevi há alguns posts abaixo, talvez seja a nossa percepção de amor que mudou; talvez ele use máscaras agora. Talvez ele seja múltiplo e fragmentado, de forma a podermos encontrar um pedacinho de amor a cada esquina, no cantinho da rua, jogado fora, abandonado, porque as pessoas não o reconheceram como tal.
Pensar enlouquece? Eu acho que pensar pesa. E cansa muito essa exigência de produção acadêmica e profissional. Apesar de internamente eu ser muitas, em corpo sou uma só e esse corpo se cansa de ter que se carregar para atividades múltiplas, que exigem que eu me entregue completamente, louca e apaixonada, a cada uma delas. Como de amor eu vim parar em produção acadêmica eu não sei. Mas é uma questão quente no momento. A da produção acadêmica. Estou em vias de fechar a pesquisa de iniciação científica; de férias das aulas, mas iniciando uma nova etapa a partir de segunda-feira. Que idéia minha pegar estágio nas férias. "Bem-vinda à vida adulta, Alexandra", escuto Saturno dizendo. Saturnão... Eu sei que é você por trás disso tudo.
quinta-feira, julho 03, 2008
Fora de área
Mas minha gente, não vou poder mais! O que é a CLARO me cobrando R$146, 02 para eu manter a minha vida social e o meu fluxo de comunicação com as pessoas que eu amo?!
Meus amigos valem muito mais, mas a Claro não vale um tostão. E mesmo que valesse, eu não tenho como pagar tanto. E ODEIO pagar por serviços tão mal prestados!
Gente... E tem outra coisa. Quem a revista Playboy acha que é, para ficar oferecendo cachês de um milhão de reais para as mulheres pousarem nuas? (É que sem querer eu vi a Luísa Tomé falando sobre isso hoje no programa daquela top model, Ana "Homem-soluço/chupão", enquanto eu esperava impaciente na sala da ultrassonografia que eu ia fazer do meu dedo machucado.) Eu juro que estava tentando ler "When is a translation NOT a translation", da Susan Bassnett, para a minha reunião de pesquisa, mas a tv estava em CIMA da minha cabeça. Quase que literalmente. E isso foi uma coisa que me indignou também. Por mais que uma mulher tenha princípios e morais muito bem estabelecidos, se ela for FODIDA de grana, como vai negar uma oportunidade assim? "Olha, minha filha... Você não precisa fazer muito, tá? Fica parada enquanto a gente penteia os seus pentelhos, passa um batonzinho e faz uns bicos bem sexy, enquanto a gente conserta seu corpo e deixa vocÊ linda!" - por um milhão de reais (?????????)!
1) É só um corpo nu. 2) Oferaçam esse dinheiro para o meu porteiro pousar nu! Ele precisa dessa grana, como muitas outras pessoas, precisam. E aposto que elas trabalhariam por isso! 3) Caralho, a mulher é mesmo reduzida a NADA em todas as sociedades. E isso me mata.
quarta-feira, junho 25, 2008
Vezes perfeitas
sexta-feira, junho 20, 2008
Mais de um amor
A parede de gelo
E existe a percepção de vida, e existe a sensação de pertencimento quando estou no vazio, mas quando me incluo e me relaciono, parece existir uma parede de gelo que me separa de todas as situações e pessoas, e faz com que eu esteja posicionada acima de todas as coisas. Rapidamente me volto para a posição de proteção; o alto da pedra. Para o alto da pedra, para a reaproximação com as importâncias da vida. Se ao menos eu fizesse parte delas... E me vejo assim, inclusa no sistema, ao estar sozinha e tão perto da imensidão. É entre as partes pequenas e segmentadas da vida que sinto perder o controle, que me perco de mim mesma e fico tentando trazer esse sentimento de santidade para perto da vida de todo dia. Aquele fogo que antes só queimava no meu coração, agora está nas minhas mãos e é visível. E não pode derreter paredes de gelo, mas pode ser visto como uma opção ao frio. E faz com que eu me lembre das importâncias da vida. Mesmo que eu esteja sozinha, o sopro de vida sempre estará comigo. E com tudo aquilo que me cerca. Mesmo que eu não saiba lidar com isso e saber que, no fim das contas, estar sozinho é uma coisa boa.
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quinta-feira, junho 19, 2008
El corazón de dios
O coração de deus. Foi o que nos falaram. Velas e flores brancas, altares pessoais, horas sentados em roda. Madrugada fria de vento quente. Muito vento que balançava a copa das árvores ao redor do clarão e fazia barulho de tzunami. Muito barulho, muito vento, muito fogo. Cântico xamânico, mais de 8 horas seguidas. Velhinho pequeno, mas enormemente forte. Ele e sua Ana. Insetos em alguns momentos. Começaram a aparecer no ritual. Na hora da limpeza mais pesada, baratas voadoras. Com suas anteninhas repugnantes, passeavam por alguns altares. Felizmente, respeitaram o meu. Talvez por conta das minhas duas flores, que posicionei como dois bastões no altar, em cima do meu diário mágico. Muitas fotos embaixo. Lua crescente, quase cheia, e lua em escorpião. Seria motivo para um ritual intenso. Intenso sim, porém, não me levou para dentro. Serviram a medicina. Provei. Tinha gosto de chá verde, concentradíssimo. Não consegui tomar muito mais vezes. Repeti, mas foi tudo. Serviram mais de oito. Mas era mesmo uma medicina. Abertura para a limpeza. Por que um ritual de limpeza? Eu gostaria mais de celebrar o grande espírito. Não me considerava suja. E não devia estar muito mesmo, porque as baratas pularam o meu altar, como eu disse. Experiência muito interessante. Índios da tribo Huichol, México. A flor era para colocar no lugar do coração, para fechar as feridas. As minhas eram duas: uma angélica e uma rosa branca, tipo exportação. "El corazón de dios. Ponga em tu altar", foi o que ouvi, algo assim... Eu vi muitas coisas. Além dos insetos e das coisas cuspidas pelo marakame -ah sim, porque ele sugava a energia do altar, da sua aura, e das palmas das suas mãos durante a limpeza, às vezes sugando também dos olhos e da boca- e cuspia coisas depois. Em algumas vezes, com mais nojo do que noutras, e ia para o mato banir. Na maioria das vezes, cuspia pedras de diferentes cores e tamanhos, mas também podia cuspir insetos e pedaços de objetos. Vi se repetindo as minhas questões movidas pelo inconsciente, agora mais claras. Desconfiança, sensação de não-pertencimento a grupos e situações, crítica ferrenha, etc.
quinta-feira, junho 12, 2008
Valentino
Hoje parece o dia perfeito para eu escrever isso, Valentino. "Ó querido, ó querido, ó querido Valentino". . . Hoje parece mesmo o dia perfeito, porque vou escrever antes de encontrar você. Vamos nos cruzar por aí, naquele local que combinamos, naquela hora marcada... Meu Valentino. Anda por aí, sozinho. Mas é muito pontual. Vai chegar na hora certa. Está no trabalho, claro. Porque não quero amor numa cabana. Viver de "sol e sal" no me gusta. Mas se lembrou de fazer a barba. E levou o desodorante, para ir me encontrar direto depois do trabalho. E tomou banho antes de sair de casa, isso com certeza! Meu Valentino... Comprou o presente com 15 dias de antecedência, porque sabia que não teria tempo depois; ele se preocupou há tempo. E como sabe exatamente o que eu gosto, ou gosta do que se parece comigo (das coisas que são bonitas), foi muito fácil para ele encontrar mil presentes, dos quais escolheu um para a data. Só para que eu lembre do quanto ele me ama. E levou o perfume que eu gosto para o trabalho também. E os meus presentes. Ah, e ele planejou uma surpresa! Mas antes, vamos jantar em um restaurante bem gostoso. Ainda bem que ele detesta, como eu, aquelas declarações feitas com auto-falante e bolas coloridas... Que vêm em automóveis, sabe? E uma outra pessoa fala um textinho pronto em um microfone, sabe?
Não... Meu Valentino não faria isso comigo. Ele sabe que eu gosto de improvisos sinceros. E sabe exatamente o que eu espero, se preocupa em realizar todos os meus sonhos secretos. Só que os meus sonhos secretos são tão simples! São sonhos secretos de atenção e carinho. E ele sabe disso, e acha muito fácil me agradar. E adora.
Para você, Valentino. Com amor.
quarta-feira, junho 11, 2008
letting go of marion
i'm going to display your picture in my personal altar. the altar every person in the ritual is going to put together. i need closure in my life relating to her. you know? so we can move on. she already did, and so did i, but something still connects me to her. why would that be? i still don't know. some stupid pattern, that keeps repeating itself. it's not even personal. it is a battle i fight with myself, and everytime i fight her instead of looking at myself. shame on me... maybe you are just a dream. but anyway; there will be other people there too, to keep you company. other people that are important to me, even if i don't mean anything to you, with a candle, and a white flower. so everybody is good aftwards. don't worry, it is not black magick. you know i don't believe in that. or else, i do believe, but i like to gather positive karma, not to destroy it. i'm planning to retire soon from planet earth. when i'm old enough, when i have solved enough matters. don't worry. we'll be good. letting go of marion, a noisy butterfly.
that is all.
love,
Rosamund Stacey.
Até a boca
sábado, junho 07, 2008
Gelatina
Horses
I am amazed. with myself. to realize how far and how deep i go. everytime we have. a major fight .like the last one. And how long I take to feel well again. to dance upon the stars. in the night sky. not so blue once you're there... black and empty, and silent. horses take me where your demons cannot go. there. counting your bees on me. i can't go, you said so... i wish i did not break so easily. but i do. break so easily. and i can't believe this. I almost regret entering relationships; and i am almost giving myself up. and i just can't wait to not be the center again. because i heard brian molko saying that he's the product of a broken home, "forever black-eyed", and i sympathized... a couple of days ago... but i do think those are all lies i told myself in which a keep believing. and i am oh so tired. there is no essential truth, no truth within. I can change the pictures of my past and the images of the present, but i just don't know how to do it.
sábado, maio 31, 2008
Consciência ecológica
Olha quanto desperdício! Pensem bem... Precisamos de tanta coisa assim?
sexta-feira, maio 30, 2008
Vozes
E não venha chover no molhado me dizendo que estou confusa. Em primeiro lugar, parar para pensar foi o que ocasionou toda essa confusão, então não me peça para refletir. Refletir não, morrer. Preciso morrer para esse estado de estabilidade para acordar ao meu estado de inconstância, acordar e aceitar que nada sei, fazer essas vozes se calarem, essas projeções internas que eu penso ser o reflexo das vozes que escuto há tanto tempo, essas vozes que, desde o início me ensinaram e ensinam como agir e como pensar. Essas vozes que impedem a ação criativa e de improviso, porque já preparam o berço e já analisaram todos os cenários que existem antes mesmo de eu poder encontrá-los de fato. Eu quero o diferente. Eu quero o que não sei. Eu quero o nada. Eu quero o vazio. Eu quero o silêncio.
Comendo mamão e pensando em você.
Eu não sei o que falar, eu não queria falar, na verdade. Queria comer a sua cabeça com mel, o mesmo mel que estou colocando em cima do meu mamão.
A vassouradas vou empurrar você de volta para onde veio. Mas eu sei que, quanto mais forte eu empurrar, mais forte vai voltar. Você é tão perturbado quanto eu. E eu não quero mais você aqui. Vai embora, de uma vez por todas, vá embora! E eu nem posso dizer isso, porque você já foi. Já foi e continua aqui! Como é isso? Eu jogo todas as sementinhas fora, de propósito. Eu vou mastigar o meu mamão neste dia nublado, sozinha.
quarta-feira, maio 28, 2008
Silêncio
Em silêncio, as palavras são todas minhas. Eu sou dona de todas. Todas as formas, todos os conteúdos. Tudo fica mantido em segredo, todas as coisas existem sem ser mencionadas. O universo me pertence porque eu o entendo a partir das coisas que eu vejo e tudo o que eu vejo tem um nome, mesmo que não tenha, ou mesmo que eu não saiba... O silêncio é a soma de todas as palavras. E de tudo o que querem dizer. Sem sair da boca, você tem o controle sobre elas.
Depois que saem, elas pertencem a outro. Nada do que você diz pode ser controlado. O que você diz é apropriado por quem escuta, e essa pessoa faz com isso o que quiser. Se põe para dentro, se põe para fora, não é mais com você. A seta já foi lançada. O arco está vazio. A seta se perde dentro do outro; não sabemos para onde as coisas que dizemos vão. Não temos controle sobre elas uma vez que estão fora de nós. Não podemos prever as consequências.
Palavras ditas sobre coisas, fazem coisas desaparecer? No momento em que eu digo "eu te amo", o amor deixa de existir? Porque uma vez que proferidas as palavras, esvazia-se o conteúdo, esvazia-se o que queriam dizer? A pressão vai embora, o amor deixa de existir?
Palavras que falamos com medo, fazem coisas acontecer? Se dizemos "tenho medo disso", isso acontece? Porque as palavras criam a realidade e, se proferidas, passam a existir?
Não sei... Não sei... Silêncio.
sábado, maio 17, 2008
A galinha
As pessoas que têm galinha sabem que elas botam ovos, servem para fazer canja e até limpam o terreno dos insetos. Mas quem conhece, conhece mesmo, sabe que galinha que é galinha, sempre deixa uma trilha por onde passa. Titica. E essa não era diferente.
A galinha então arranjou um pintinho pra casar. Um pintinho amarelinho. Queria ser estrela de rock, e não a galinha cantora de nenhum galinheiro. Não sabia ser uma galinha solitária, as galinhas não aprendem a solidão das raposas. Embora essa soubesse, no escurinho do galinheiro, que um dia acabaria dentro da panela.
Ou na boca da raposa.
quinta-feira, maio 15, 2008
Quando um nariz não é uma pessoa
"- Posso namorar com o seu nariz?" Tenho vontade de perguntar. "Posso alisar o seu cabelo? Beijar sua boca? Não quero você, quero apenas a sua parte que eu desejo..."
E eu tenho certeza que existem várias pessoas por aí que não se relacionam com outras pessoas, mas sim com suas partes. Eu tenho certeza disso.
2 reais mais rica espiritualmente
quarta-feira, maio 14, 2008
Me perdôa
Nem tudo depende de mim; quase nada depende só de mim. Minha vontade, meus desejos... Ecoam em que esfera do universo?
E eu sinto muito por não ser capaz, por não dar conta, por não ser perfeita nem onipresente. Me perdôa. Chega uma hora em que precisamos admitir certas coisas para nós mesmos... Então, me perdôa Alex, por errar tanto, tantas vezes. Me perdôa por insistir; me perdôa por fracassar. E é isso, sem peso. Sem ferro nem chicote. Só estou pedindo desculpas para mim mesma.
quarta-feira, maio 07, 2008
Tensões
terça-feira, maio 06, 2008
"Tempo de acelerar... Acelerar colina abaixo"
segunda-feira, maio 05, 2008
Ilusão auto-biográfica
sábado, abril 26, 2008
O mundo real, cimento que vai secando nos meus pés aos poucos.
sexta-feira, abril 25, 2008
In a second
You don't own a house, but you wish you did and when you finally do, you can't stop complaining about how dirty it is and how tired you are to clean it up and how short you are to pay for someone else to clean it up for you. How unfair is it that while you have to struggle to work everyday some government jackass is stealing money that you helped to save for paying your taxes so correctly. All of the sudden, you don't have a house anymore, because you lost your mother and you lost your family because someone dies and then you are left with debts up to your neck and what should you do? Complain that life isn't provinding you with better choices? Where's all your effort to make things right, where did it go all your energy in working... Where have your ideas, fresh and new gone? And most importantly, where are you in the middle of all this? Why isn't life providing us with better choices?
quinta-feira, abril 24, 2008
quadro-a-quadro, quadro-a-quadro, ...
No entanto eu percebi que estava sendo levada... Pelas mãos, abobalhada, fantasiando em cima de imagens. Quem era aquela mulher de verdade? Ela pigarreia entre uma frase e outra? Tem a voz grave, muito aguda, anasalada? E o cheiro, é bom? Ela é inteligente? É interessante? Ela tem problemas de estômago, de tpm? Ao perceber que não sabia nada sobre ela, a enorme possibilidade de que fosse completamente desinteressante fez com que qualquer possibilidade de ser interessante causada pelo mesmo "não-conhecer" a deixasse, na mesma hora, feia. E estou me questionando, como tive vontade de colocar aqui para o mundo...
Que beleza é essa que assumimos como beleza enquanto outras coisas mais belas passam por nós sem ser vistas? Como o lado de dentro, por exemplo. Por que essas imagens ensinadas são tão cativantes?
quarta-feira, abril 23, 2008
anagramas
terça-feira, abril 22, 2008
Dois pilares - altar a Vênus, chifrada de carneiro.
Pessoas pela metade andando por aí, se encaixando em outras metades. Onde houver o encaixe, seja em que lugar houver o encaixe, pessoas pela metade se encaixam sem norte, derrubando sem propósito outros pilares.
Pilares unificados não têm rosto de gesso, nem de vidro, nem de mármore. Somos de material flexível (e macio). Mas apenas me curvo sob vontade.
But I only bend at my wish.